China eleva importação de soja dos EUA
#souagro | O analista de mercado e vice-presidente do Sindicato Rural de Cascavel, Modesto Daga, prevê preços firmes e em alta para os próximos dias em relação à soja, muito por conta do cenário das lavouras nos Estados Unidos e por conta da oferta que está muito baixa. “A China tem comprado muito dos Estados Unidos nos últimos 15 dias e isso gera preocupação por parte dos americanos diante da ameaça de faltar produto no mercado para o próximo ano agrícola”, enfatiza Daga. Além disso, o estoque de passagem tem tudo para ser o mais baixo dos últimos 25 anos.
As condições da lavoras dos Estados Unidos apresentaram considerável piora na última semana. Conforme dados recentes do USDA para a soja, até 15 de agosto, 57% das lavouras apresentavam condição entre boa e excelente. O número é abaixo do percentual aguardado pelo mercado, que era de 60%. E ainda, 28% encontram-se em situação regular e 15% entre ruins e muito ruins.
O panorama não é muito diferente quando se fala em milho. Os números mostram que 62% estão em boas e excelentes condições, ante a expectativa do mercado de 64%. Em situação regular, o índice é de 25% e entre ruins e muito ruins, de 13%.
O consumo do grão na China vai chegar a 294 milhões de toneladas na safra 2021/22, volumea cima das 289 milhões de toneladas referente à safra 2020/21. Já em relação à oferta de milho, deverá chegar a 492,18 milhões de toneladas na safra 2021/22, acima das 487,20 milhões de toneladas de 2020/21. A China deverá produzir 268 milhões de toneladas, acima das 260,67 milhões de toneladas colhidas na safra 2020/21.
(Vandré Dubiela/Sou Agro)