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Carnes brasileiras: exportação superou os US$17,4 bilhões

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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A despeito dos vários contratempos enfrentados no decorrer do ano – por exemplo, retenção de embarques por carência de contêineres refrigerados e interrupção do despacho de carne bovina para a China por mais de três meses – em 2021 as carnes in natura registraram, senão o melhor, um dos melhores desempenhos de todos os tempos.

A carne bovina, naturalmente, foi a mais afetada, o volume embarcado recuando quase 10% no ano. Porém, teve a melhor valorização entre as três carnes, seu preço médio aumentando cerca de 18% em relação a 2020. Como resultado, a receita cambial do produto aumentou perto de 7%, aproximando-se dos US$7,970 bilhões e representando cerca de 46% da receita global das três carnes.

 

A carne de frango, por sua vez, obteve aumento de 8% no volume e de 16% no preço. Gerou, assim, receita 25,5% maior que a de 2020. O resultado – US$6,961 bilhões – correspondeu a perto de 40% da receita do setor.

Vedete das exportações de carnes nos dois anos anteriores, a carne suína teve, em termos de preço, comportamento mais moderado em 2021. De toda forma, o incremento de apenas 3,61% no preço médio foi amplamente compensado com o aumento de quase 13% no volume embarcado. Com isso, a receita cambial do produto, de quase US$2,5 bilhões, aumentou mais de 16% em relação a 2020, representando cerca de 14% da receita cambial das três carnes.

 

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No cômputo final, o volume total embarcado aumentou apenas 4%, ficando próximo dos 6,830 milhões de toneladas – 15% delas representados pela carne suína, 23% pela carne bovina e os 62% restantes pela carne de frango. Mas como o preço médio alcançado ficou 10,5% acima do registrado nos mesmos 12 meses de 2020, a receita cambial total, de pouco mais de US$17,4 bilhões, registrou aumento de 15% sobre 2020.

À primeira vista, o alcançado em 2021 correspondeu, em termos de volume e receita cambial, ao melhor resultado de todos os tempos na exportação de carnes. De toda forma, aguardam-se os dados consolidados para confirmar essa observação.

 

(FONTE: Avisite)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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