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Câmaras frias lotadas e preços da arroba do boi despencaram

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti
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A arroba do boi gordo, no mercado físico, apresentou preços acentuadamente mais baixos ao longo do mês de outubro, estendendo as perdas de setembro. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos seguiram pressionando os criadores dentro de um ambiente no qual os pecuaristas não têm condições de reter os animais nos confinamentos.

“Os custos da nutrição animal estão nas alturas. Ao mesmo tempo, o manejo está dificultado com o aumento da intensidade e da abrangência das chuvas no Centro-Norte do país. Com isso, o movimento de pressão de queda na arroba do boi tende a se prolongar enquanto não houver uma retomada das compras de carne bovina brasileira por parte da China”, assinalou.

Em outubro, o mercado permaneceu nebuloso, envolto de boatos. “O fato é que a ausência da China, até então nossa maior compradora de carne bovina, pressionou severamente os preços da arroba do boi”, completou.

No atacado, os preços da carne bovina também caíram, mas não na mesma proporção que a vista nos preços das boiadas. As quedas foram mais pronunciadas nos cortes dianteiro e na ponta de agulha. Os frigoríficos se depararam com câmaras frias lotadas, aguardando uma posição por parte da China. “A demora causa incômodo, uma vez que a manutenção desses estoques representa relevante custo adicional. Logo, mesmo durante a primeira quinzena do mês de novembro, haverá pouco espaço para alta nos preços da carne, apesar dos inícios dos meses serem sazonalmente períodos marcados por aquecimento no consumo de carne bovina diante da entrada da massa salarial”, disse o analista.

Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 28 de outubro:

* São Paulo (Capital) – R$ 255,00 a arroba, na comparação com R$ 303,00 a arroba em 30 de setembro, caindo 15,84%.

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 249,00 a arroba, ante R$ 300,00 (-17%).

* Goiânia (Goiás) – R$ 245,00 a arroba, ante R$ 285,00, recuando 14%.

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 260,00 a arroba, contra R$ 300,00 (-13,3%).

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 243,00 a arroba, contra R$ 285,00 (-14,74%).

Fonte: Agência SAFRAS

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(Sirlei Benetti/Sou Agro)

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