Algas são utilizadas como suplemento para o gado
#souagro | Criar alternativas de suplementação dos animais tem sido o desafio de pesquisadores em todo o mundo. Com aporte de recursos na ordem de US$ 2 milhões, uma startup desenvolveu uma tecnologia utilizando algas marinhas para garantir uma alimentação saudável e ambientalmente sustentável para o plantel de bovinos e também para outros animais.
A alga vermelha, que gosta de águas tropicais ou temperadas quentes, é chamada de Asparagopsis taxiformis ou A. taxiformis para abreviar. A startup que está transformando essa alga em um suplemento para gado é chamada Symbrosia. Uma pesquisa mostrou que substituir apenas 0,4% da ração de uma vaca por A. taxiformis reduz a quantidade de metano que o animal emite em mais de 90%. O metano é 34 vezes mais potente do que o dióxido de carbono quando se trata de contribuir para a mudança climática.
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A startup Symbrosia usa um sistema de aquicultura terrestre para cultivar as algas. Eles secam as algas marinhas para preservá-las naturalmente, e então a transformam em um produto para ração com o nome não tão cativante de SVD.
Apenas uma pitada de SVD para a alimentação do gado e voilà: menos metano da vaca. Symbrosia foi recentemente selecionada como parte da classe 2020 Solver, pelo MIT Solve, uma iniciativa do Massachusetts Institute for Technology. A startup receberá um aporte de cerca de US$ 2 milhões em prêmios de financiamento e mais oportunidades por meio de investidores e de venture capital.
Essa é a notícia mais recente, pelo menos. Também empolgante é a solução “Algas marinhas para gado com baixo teor de metano” da Symbrosia, que visa combater a causa de 6% das emissões mundiais de gases de efeito estufa, que vêm de 1,5 bilhão de vacas que arrotam muito metano.
A startup aponta para uma pesquisa da Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Commonwealth, em Penn State, e da University of California-Davis, que mostra que a substituição de apenas 0,4% da ração de uma vaca por A. taxiformis reduz a quantidade de metano que a vaca produz em mais de 90%. A alga marinha atua no estômago do bovino para inibir a combinação de hidrogênio e dióxido de carbono para formar metano.
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A Symbrosia já recebeu financiamento do Usda (Departamento de Agricultura dos EUA) para analisar o uso de seu suplemento de ração de algas marinhas na Z Farms Organic, em Dover Plains, Nova York. Um piloto começou nessa fazenda em junho, testando as algas marinhas como suplementação da dieta dos animais em pastejo.
(Vandré Dubiela/Sou Agro, com Forbes Agro)