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Agronegócio brasileiro gera 87% mais empregos que o ano passado

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| O agronegócio é um grande gerador de empregos para o Brasil, prova disso são os dados divulgados pela Confederação nacional da agricultura e pecuária e estão baseados pelo Ministério do trabalho por meio do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). O resultado é de janeiro a setembro deste ano. Neste período foram gerados 195 mil empregos com carteira assinada, número 87% maior que o mesmo período do ano passado, como explica o engenheiro agrônomo Xico Graziano: “Quando nós comparamos a geração desses postos de trabalho de janeiro a setembro de 2021 com o mesmo período do ano passado, nós percebemos que agropecuária gerou 87% mais empregos do que o mesmo período do ano passado. Em 2020 nesse período havia sido gerados 104,4 mil. É muito importante ressaltar portanto, esta função da agropecuária. Muitas vezes porque é mais relevante, se presta atenção na quantidade produzida,  quanto que a agropecuária produz de alimentos e matérias-primas para abastecer a população, mas junto com a produção vem a geração de empregos e do emprego nasce a renda que vai abastecer a condição de vida das famílias que trabalham na agropecuária do Brasil.”

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Falando apenas no mês de setembro de 2021, os dados do CAGED mostram que a maior geração de vagas de trabalho na agropecuária aconteceu no nordeste do Brasil especialmente no estado de Pernambuco que liderou, seguido do Rio Grande do Norte, Sergipe e de Alagoas. E considerando os postos de trabalho com carteira assinada existe também os ramos de atividades que mais geraram empregos: “Em primeiro lugar cana-de-açúcar é por isso que Pernambuco e Alagoas geraram muitos empregos, já que são estados produtores de açúcar e etanol. A segunda atividade foi a soja. A soja não é muito produzida no nordeste essa foi compensada um pouco mais no sul. Mas em terceiro lugar veja que interessante, a geração de postos de trabalho foi na cultura da uva. Depois vem bovinocultura, e em quinto lugar o melão, também produzido no nordeste do Brasil em lavouras irrigadas tanto quanto a uva”, explica Xico.

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Além da grande geração de empregos, os dados mostram a força da fruticultura brasileira para a economia do país, como esclarece Xico Graziano: “Estes dados mostram o valor da fruticultura brasileira praticada no nordeste do Brasil através ou sobre condições de lavouras irrigadas. Como em geral a fruticultura é muito bem realizada em todas as regiões do mundo normalmente as regiões áridas da Espanha, da Grécia e Israel, essas regiões áridas quando submetidos a irrigação e tecnologia geram as frutas mais doces, porque a aridez atrapalha, se não tiver água, mas se você faz a irrigação aridez garante uma maturação melhor das frutas no sentido de ter mais Brix que é a medida através do qual se mede doçura dos alimentos.”

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Essa notícia de aumento da geração de empregos no agronegócio é importante para todo Brasil e reflete em muitas áreas: “É muito importante, uma notícia do bem, uma boa notícia para agropecuária e para o Brasil. Quando agropecuária vai bem, quem ganha é o comércio, quem ganha é o posto de gasolina, quem ganha é o supermercado, porque as atividades normais das cidades pequenas ou médias espalhadas pelo interior do Brasil, dependem do dinamismo do agro, se agropecuária vai bem o resto vai atrás, isso é muito importante. Portanto quando nós temos os dados de que de Janeiro foram criados 195 mil postos de trabalho com carteira assinada na agricultura e na pecuária, nós temos que pensar no seguinte, quantos milhares de postos de trabalho foram gerados no comércio principalmente em outras atividades, em tudo aquilo que está associado ao desenvolvimento do interior do Brasil e ao desenvolvimento da agropecuária. Importante da agropecuária como função é produzir alimentos, mas vamos lembrar também que a geração de empregos, ainda mais no mundo de hoje é uma benção que as mãos do Agricultor oferecem para o Brasil sobre a graça de Deus”, finaliza Xico Graziano.

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XICO GRAZIANO

Francisco Graziano Neto é engenheiro agrônomo, formado na ESALQ/USP e doutor em administração pela FGV/SP, onde leciona, no MBA, a disciplina de “Meio ambiente e agronegócios”. Ocupou vários cargos públicos, se destacando os de Secretário Estadual de Meio Ambiente e Secretário Estadual de Agricultura, em São Paulo. Consultor de sustentabilidade, conferencista, foi professor na Unesp, em Jaboticabal. Sócio-diretor da OIABrasil, empresa de certificação socioambiental, tem 10 livros publicados sobre as questões agrária, agricultura e política.

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(Débora Damasceno/ Sou Agro com Xico Graziano)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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