Agro digital tem muitos desafios e potencialidades
Os desafios e potencialidades para o Agro digital foram apresentados por especialistas da Câmara do Agro 4.0 em evento online. O estudo é fruto de discussões de diversas instituições públicas e privadas que somam 127 representantes neste marco para direcionar os trabalhos da Câmara para os próximos anos.
A convergência do digital com o biológico no setor agropecuário já é observada nos processos produtivos contemporâneos e está presente nas soluções para os desafios enfrentados pelos produtores rurais e por toda a sociedade, principalmente, ao atender o grande desafio das mudanças climáticas. Neste contexto, o agronegócio deve ser considerado como solução, conforme explicaram os técnicos que encabeçaram as pesquisas do estudo.
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O aumento na demanda por alimentos, associado à celeridade da transformação digital nos diversos segmentos econômicos, confirma o cenário global de sinergia entre o agro, o biológico e o digital. Para isso, são considerados como força motriz para o futuro a inovação associada à sustentabilidade, às ações de bioeconomia agropecuária, às ferramentas de inovação aberta, às disrupções promovidas pela agricultura digital e à transformação dos sistemas alimentares.
De acordo com a diretora de Apoio à Inovação para Agropecuária, Sibelle Silva, a construção da estratégia da agropecuária digital reconhece as oportunidades de trazer instituições para junto dos produtores ao proporcionar estratégias para avanços não só na área da tecnologia em si, mas também para a melhoria da qualidade de vida, trazendo inclusão e sustentabilidade econômica, social e ambiental.
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A publicação Institucional “Potencialidades e Desafios do Agro 4.0” apresenta a expertise de áreas-chaves em torno de temas centrais divididos em três capítulos: perfil do pequeno e médio produtor em relação à adoção de tecnologias agro 4.0; gargalos nas cadeias produtivas do agronegócio; e integração dos elos das cadeias produtivas, agregação de valor e rastreabilidade da produção. O estudo contextualiza os principais desafios encontrados atualmente no universo das cadeias produtivas do agronegócio brasileiro e propõe possíveis soluções para os pontos mais relevantes em cada tema central, com foco na adoção de novas tecnologias, cadeias produtivas agropecuárias, certificação, rastreabilidade e agregação de valor.
Parceiros
Para atender o desafio crescente de garantir a segurança alimentar não só dos brasileiros, mas de parcela representativa do mundo até 2050, o digital será o grande diferencial para o incremento da produção com sustentabilidade. É o que defende o secretário de Empreendedorismo e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Paulo Cézar Alvim.
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Parceiros do estudo, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) corroboram do imperativo digital para o campo.
Para o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras, Márcio Lopes de Freitas, encarar o 4.0 é “uma obrigação” do sistema cooperativista se tornar um provedor disto. “Temos uma rede de 8 mil extensionistas nas cooperativas agrícolas brasileiras, que representam 53% da produção nacional. Temos que surfar essa onda com um programa de capacitação e acesso do produtor para gerar prosperidade, gerando benefícios e bem-estar às pessoas que estão nesta base”, reforçou.
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Já o coordenador de Inovação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Matheus Silva, defendeu que o movimento da inovação 4.0 foi acelerado pela pandemia da Covid e que o uso de ferramentas de gestão e digitalização pelos produtores já está comprovado nos últimos dados do Censo. “O produtor deve considerar essas tecnologias como alternativas reais e factíveis para a sua produção” ao citar a relevância de cursos de assistência técnica e extensão rural desenvolvidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
(FONTE: Mapa)