#souagro | Há uma fatia considerável de produtores que colheu o milho e armazenou, como estratégia para buscar uma cotação maior do que a atual, hoje em R$ 79, conforme dados da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento. “Isso existe sim”, reage o analista de mercado e vice-presidente do Sindicato Rural de Cascavel, Modesto Daga. “Têm aqueles que guardaram o milho esperando um valor de venda mais atrativo e outros que optaram em antecipar a venda, é normal esse procedimento, tanto no mercado do milho, como da soja, em atividades agropecuárias ou produtos primários”, destaca Daga.

Para o analista de mercado, os produtores aguardam uma mudança positiva de cenário em relação às cotações, por vários fatores. Um deles, é claro, a expectativa por preços maiores. “O que está ocorrendo em relação aos preços, se vai ou não permanecer abaixo dos R$ 90, é difícil afirmar”, comenta. “Na verdade, o mercado está muito comprador, a procura está acima da necessidade”.

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Em contrapartida, no mercado doméstico em relação ao milho, é preciso ter cautela, conforme Daga. “Teríamos que exportar 22 milhões de toneladas de milho neste ano, mas já estamos próximos de 31 de janeiro de 2022 e exportamos algo próximo de 11 milhões de toneladas”.

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Não há muito tempo para atingir a meta de exportação. “Desta forma, é possível que a oferta no mercado interno esteja muito forte, dificultando a elevação da cotação da saca do milho. O que pode facilitar, seria uma subida significativa do dólar. Trata-se de uma variável daqui para frente e não sabemos os fatores que vão ocorrer em elevação ou redução do valor do câmbio”.

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A moeda americana é justamente um dos fatores influenciadores do preço do milho. Isso pode balizar o preço no exterior pressionar a cotação para baixo no Brasil.

(Vandré Dubiela/Sou Agro)

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