No Dia Nacional da Pecuária, um cenário de incertezas
#souagro | Dia Nacional da Pecuária: essa atividade brasileira é referência mundial em sanidade, mas recentemente, sofreu um duro golpe, com a descoberta de dois casos atípicos de ‘mal da vaca louca’ registrados em Minas Gerais e Mato Grosso. Respeitando um acordo bilateral e de confiança firmado com o Brasil, a China tratou de imediatamente travar as importações da carne brasileira. A estimativa é para que o fim desse embargo ocorra até o fim deste mês. Enquanto isso, o cenário é de pura incerteza.
Dados recentes divulgados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), mostra que o consumo de carne vermelha por parte dos brasileiros, é o menor dos últimos 26 anos. A carne vermelha já acumula uma inflação de 8,52% neste ano. Nos últimos 12 meses, esse acumulou atinge 25%. Para boa parte dos estabelecimentos especializada na comercialização de carne vermelha, a redução do consumo chega a 20%. Muitos têm procurado substituir a carne vermelha por linguiça, salsicha e ovos.
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Retornando ao foco do embargo chinês, há quem diga que se trata de uma estratégia de mercado como forma de pressionar para baixo os preços. Muitos frigoríficos brasileiros voltaram a exercer pressão na volta do feriado. A tendência dos frigoríficos é a de manter tentativas de compra em patamares mais baixos enquanto não houver uma posição concreta por parte da China em relação ao autoembargo.
A situação é extremamente delicada no momento, com os pecuaristas enfrentando altos custos de manutenção dos animais nos confinamentos e também por conta das chuvas, que acabam dificultando o manejo. Considerando os estoques existentes nos frigoríficos, a expectativa é de queda nos preços para os próximos dias. As unidades habilitadas para exportar para a China estão com as câmaras frias abarrotadas de carne, elevando a possibilidade de disponibilizar o estoque para o mercado interno.
(Vandré Dubiela/Sou Agro)
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