Demanda na exportação sustenta preços do boi gordo no mercado físico
O mercado físico do boi gordo apresentou preços em elevação nesta semana. O dólar comercial valorizado frente ao real motivou os frigoríficos habilitados a exportar a atuar de maneira mais agressiva na compra de gado, garantindo a sustentação dos referenciais.
De qualquer maneira, as máximas não foram renovadas no mercado paulista, com negócios atingindo o limite de R$ 310 a arroba. “A oferta de animais terminados permanece restrita, com expectativa de alguma melhora a partir da segunda quinzena do mês”, informa o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Segundo ele, a demanda segue como um relevante contraponto, avaliando a dificuldade de repasse do adicional de custos ao restante da cadeia pecuária, com o consumidor médio migrando para a carne de frango, proteína mais acessível dentro do setor carnes.
A arroba em São Paulo vai encerrando a semana na casa de R$ 307,00. Em Goiás, preços em torno de R$ 295,00. Em Minas Gerais, a cotação chegou a R$ 303,00. No Mato Grosso do Sul, a arroba foi negociada a R$ 290,00. No Mato Grosso, preço chegando a R$ 296,00.
O mercado atacadista voltou a apresentar acomodação nos preços. “O ambiente de negócios sugere pouco espaço para reajustes, mesmo com a entrada dos salários na economia. Basicamente a carne bovina segue em patamar proibitivo. Nesse tipo de ambiente é evidenciado um movimento bastante agressivo de migração para uma proteína mais acessível, caso da carne de frango”, explica o analista, acrescentando que essa dinâmica tende a se manter em todo o ano de 2021, que deve ser pautado por um lento processo de retomada da atividade econômica.
Corte traseiro ainda é precificado a R$ 19,30 por quilo. Corte dianteiro ainda é cotado a R$ 15,40 por quilo. Ponta de agulha também permanece precificada a R$ 15,40, por quilo.
Fonte: Agência SAFRAS