O município de Diamante do Sul é o segundo maior produtor de casulo de bicho-da-seda do Paraná. A tolerância da amoreira às intempéries e os bons preços do mercado, têm colaborado para garantir a rentabilidade da sericicultura. - Curitiba, 29/09/2021 - Foto: IDR

Paraná produz 83% dos fios da seda do País

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela
O município de Diamante do Sul é o segundo maior produtor de casulo de bicho-da-seda do Paraná. A tolerância da amoreira às intempéries e os bons preços do mercado, têm colaborado para garantir a rentabilidade da sericicultura. - Curitiba, 29/09/2021 - Foto: IDR

 

A sericicultura, cadeia de produção da seda, é uma atividade valorizada no Paraná porque ajuda a manter o produtor no campo e promove o retorno de famílias da cidade para a área rural. Diamante do Sul, na região Centro-Sul do Estado, é um exemplo. O município está entre os maiores produtores de casulo de bicho-da-seda do Estado, junto com Nova Esperança (Noroeste) e Astorga (Norte). Aproximadamente 2,4 mil famílias vivem em torno da cadeia da seda no Estado.

O município de Diamante do Sul é o segundo maior produtor de casulo de bicho-da-seda do Paraná. A tolerância da amoreira às intempéries e os bons preços do mercado, têm colaborado para garantir a rentabilidade da sericicultura. -  Curitiba, 29/09/2021  -  Foto: IDR
O município de Diamante do Sul é o segundo maior produtor de casulo de bicho-da-seda do Paraná. A tolerância da amoreira às intempéries e os bons preços do mercado, têm colaborado para garantir a rentabilidade da sericicultura – Foto: IDR

A tolerância da amoreira às intempéries climáticas e os bons preços do mercado têm colaborado para garantir a rentabilidade da sericicultura. Em muitos casos os lucros com a atividade superam os ganhos obtidos com outras culturas, como a soja e o milho. A mecanização do trabalho também contribui para que mais agricultores apostem na criação do bicho-da-seda.

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Os sericicultores de Diamante do Sul se alinham à tradição do Paraná de produzir fios de seda de alta qualidade, o que desperta o interesse dos importadores. Conforme dados do Deral, o Estado conta com mais de 1,8 mil produtores de casulos da seda em 176 municípios. As amoreiras ocupam 4.700 hectares e o Paraná já responde por 83% de toda a produção nacional de fios de seda.

Para João Paulo Medenski da Silva, de 25 anos, a sericicultura significou a esperança de melhorar de vida. Ele é casado e escolheu a criação do bicho-da-seda para explorar na propriedade em Diamante do Sul, onde trabalha em parceria com o pai. “Em 2016, como a maioria dos jovens da minha idade que vive no meio rural, tinha a intenção de ir para a cidade trabalhar. Depois de uma conversa com meu pai, ele me incentivou a ficar e investir na sericicultura”, conta o produtor.

João Paulo acredita que a atividade é bem vantajosa quando comparada a outros trabalhos no meio rural. “A sericicultura é uma atividade que o produtor consegue ter um rendimento mensal, com exceção dos meses de maio a agosto que é o período de entressafra”, explica. Atualmente 140 produtores se dedicam à sericicultura na cidade. A produção média é de 1.254 quilos de casulo por hectare/ano.

O extensionista Wagner Gonçalves da Silva, do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater) de Diamante do Sul, informa que a sericicultura é a quarta atividade em importância econômica do município, segundo levantamento do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), movimentando R$ 3,75 milhões por ano.

 

Fonte: AEN

 

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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