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Conab estima safra em 252,3 mi de toneladas

Amanda Guedes
Amanda Guedes
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A produção da safra nacional de grãos fecha o ciclo com um volume estimado de 252,311 milhões de toneladas, uma redução de 1,8% sobre a safra passada e 4,7 milhões de toneladas inferior à previsão do levantamento realizado em agosto deste ano. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no 12º Levantamento da Safra de Grãos 2020/2021. Este é o último levantamento para esta safra.

A partir de outubro, a estatal reinicia o ciclo e passa a contabilizar os números da próxima colheita no país. De acordo com o boletim, as áreas das culturas de primeira safra estão totalmente colhidas, as de segunda safra em fase final de colheita, as de terceira safra desde a fase de florescimento até o final da colheita, e as de inverno no início da colheita, que será intensificada a partir de setembro.

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Milho

A produção total é de 85,75 milhões de toneladas, volume 16,4% menor que em 2019/20, quando fechou em 102,5 milhões de toneladas. A primeira safra está com a colheita finalizada e a segunda safra com 86,9% concluída até o final de agosto. Para a terceira safra, situada na região do Sealba (Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia), além dos cultivos em Pernambuco e Roraima, as fases das lavouras variam desde a fase vegetativa até as operações de colheita.

Soja

A produção de soja foi a que equilibrou mais os números totais da safra, com uma produção recorde estimada em 135,9 milhões de toneladas, aumento de 8,9% em relação à safra 2019/2020. O levantamento feito pela Companhia mostra que a colheita está praticamente finalizada, restando a produção de Roraima e Alagoas, que representam pouco mais de 0,1% do volume nacional.

Mercado

No âmbito externo, o algodão em pluma e a soja seguem com cenário positivo no mercado internacional. Neste levantamento, a Conab manteve em 2,1 milhões de toneladas a previsão do volume exportado da fibra na safra 2020/21 e em aproximadamente 83 milhões de toneladas a exportação prevista de soja para o ano. Por outro lado, foi reduzida a previsão do volume exportado de milho.

No caso do cereal, a partir dos efeitos do clima na produção e da reversão do destino de contratos de exportação para o mercado doméstico, a expectativa é de queda nas exportações em 37%, o que corresponde a 22 milhões de toneladas ao final da safra. A projeção de importação manteve-se inalterada em 2,3 milhões de toneladas. Quanto ao trigo, para a nova safra a Companhia espera aumento de produção aliado ao incremento do consumo interno em 3,71%.

O cenário é favorável, de modo que os estoques de passagem estarão em níveis mais confortáveis. Para estes, a previsão é que fechem o ano em 1,36 milhões de toneladas, volume próximo ao observado em safras anteriores a 2019/20.

Preços

Em relação aos preços dos produtos nas principais praças, observou-se, no mês de agosto, em comparação com o mês de julho, as seguintes elevações: 7,2% no arroz do RS; 3,5% no feijão cores de SP; 4,5% no feijão preto do PR; 14% no preço do milho em MT; 7,8% no trigo do PR; 6,8% na soja em MT; 3,76% no PR; e ainda elevação de 5,8% nos preços do algodão em MT..

FONTE: CONAB

(Amanda Guedes/Sou Agro)

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