Apoio ao trigo visa tornar o Brasil autossustentável
#souagro | Entusiasmo é a palavra que mais bem ilustra o sentimento do presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, durante o lançamento do 2º Show Rural Coopavel de Inverno, na quarta-feira, no Parque Tecnológico Coopavel, na presença do secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, do presidente do Sindiavipar e da Cooperativa Lar, Irineo da Costa Rodrigues, do presidente da Ocepar, José Roberto Ricken e do presidente do Sindicato Rural, Paulo Orso, além do prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos.
Veja a entrevista com o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli:
“É um desafio e uma responsabilidade muito grande retomar um evento presencial. O último realizado pela Coopavel ocorreu em 2020”, comenta Dilvo. Esse evento do Show Rural de Inverno é a maneira para testar os controles de biossegurança da Coopavel, com foco em um evento de alto nível, sem deixar de cuidar a questão de segurança em saúde para toda a sociedade.
De acordo com Dilvo Grolli, os eventos estão retomando seus caminhos e da reconstrução, mesmo ainda em meio à pandemia e por conta também à queda de casos gradativa no Paraná. “A Coopavel sempre foi uma cooperativa pró-ativa, hoje iniciando uma nova caminhada com o Show Rural edição de inverno, mas tudo dentro do protocolo, com responsabilidade e não deixando de dar a contribuição para elevar o índice de produtividade no campo”.
O presidente da Coopavel também explica toda a epopeia envolvendo a triticultura no Paraná. “Antes do ano 2000, tivemos um intermediário entre o produtor e o pão de cada dia. Tínhamos o governo interferindo e comprando trigo e comercializando aos moinhos, que por sua vez, repassavam para as panificadoras. Era um intermediário desnecessário”. Dilvo continua: “Não bastasse isso, antes do ano 2000, fizeram um lobby e o corporativismo dos moinhos se instalaram no litoral. No Rio de Janeiro e no Nordeste, não há produção de trigo, no entanto, foram instalados moinhos no litoral, justamente para privilegiar o trigo importado. E o interior, onde de fato era produzido o trigo, não dispunha de qualquer incentivo, pois quem comercializava o trigo era o governo, privilegiando o trigo importado”.
Hoje, a cada dois pães, um é com trigo brasileiro e o outro, importado. O Paraná é o maior produtor de trigo do Brasil, por possuir as melhoras condições climáticas e solo para essa cultura de inverno.
(Vandré Dubiela/Sou Agro)