Projetos da Unioeste se voltam ao desenvolvimento agropecuário
A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), por intermédio do Laboratório de Microbiologia e Microbiologia (LAMIBI) e do Programa de Pós-Graduação em Conservação e Manejo de Recursos Naturais (PPRN), estabelece uma colaboração sinérgica com o setor produtivo agropecuário. O engajamento é fortalecido por meio do apoio de órgãos de fomento, como a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (SETI) e a Fundação Araucária, que contribuem com financiamento por intermédio dos Núcleos de Pesquisa e Inovação Avançada (NAPIs).
O trabalho do LAMIBI e do PPRN é um dos destaques no 36ª Show Rural Coopavel, evento que abre oficialmente o calendário do agronegócio nacional, em Cascavel, no Oeste do Paraná, 5 a 9 de fevereiro. A Unioeste está com um espaço de exposição no evento, um dos mais importantes na área tanto no Brasil como no exterior. O projeto faz parte do AgriTech Symbiosis Labs criado pela Unioeste para auxiliar no atendimento às empresas.
As ações dessas unidades de pesquisa existem há mais de uma década e contam também com a participação de empresas parceiras, sob a coordenação da professora doutora Fabiana Gisele da Silva Pinto. “O objetivo é fomentar a criação de bioinsumos microbiológicos, bioprodutos e nanotecnologias com aplicações específicas no âmbito agroalimentar”, frisa Fabiana.
A professora conta que nos últimos três anos houve um foco maior em parcerias. “Esse incremento se deve à busca contínua das empresas pelo desenvolvimento, inovação e adoção de novas tecnologias, especialmente aquelas relacionadas à criação de produtos biológicos inovadores”.
Sobre as perspectivas futuras, a pesquisadora conta que no decorrer do projeto, existe um plano estratégico com objetivo de desenvolver novos produtos biológicos, abrangendo diversas funções biológicas, entre elas a criação de um NPK biológico. “Nosso foco permanecerá na busca por soluções que proporcionem um custo-benefício vantajoso para a produção agrícola, ao mesmo tempo em que priorizamos a promoção da saúde e bem-estar nas esferas humana, animal e ecológica”, menciona Fabiana.
Fabiana diz que é meta não apenas aprimorar as características e funcionalidades dos produtos já existentes, mas também explorar novas possibilidades que contribuam para uma agricultura mais equilibrada e amigável ao meio ambiente. “A criação de produtos biológicos inovadores não apenas promove avanços científicos, mas também contribui para a formação de profissionais qualificados e engajados com os desafios contemporâneos.”
Show Rural
Para a coordenadora do projeto, levar a ação ao Show Rural é uma estratégia crucial para ampliar a visibilidade da Unioeste, destacando-a como uma instituição comprometida com a inovação não apenas nacionalmente, mas também internacionalmente. “A participação no evento possibilita que o projeto seja reconhecido por um público diversificado, incluindo agricultores, pesquisadores, empresários e profissionais do setor agrícola”, cita.
Conforme a coordenadora, a utilização de bioinsumos microbiológicos e bioprodutos na redução da presença de substâncias tóxicas nos cultivos, promove a produção de alimentos mais seguros e saudáveis. “Além disso, tais produtos favorecem a preservação da biodiversidade do solo e ecossistemas agrícolas, promovendo práticas agrícolas mais sustentáveis”, frisa.
Fabiana evidencia que a aplicação de nanotecnologias no contexto agroalimentar oferece vantagens significativas, permitindo a liberação controlada de nutrientes, melhorando a eficiência do uso de insumos e reduzindo desperdícios. “A transição para essas soluções biológicas não apenas atende às demandas por inovação no setor, mas também contribui para a construção de um modelo agrícola mais sustentável e alinhado com as crescentes preocupações ambientais”.
Ao destacar a importância da participação no Show Rural Coopavel, a pesquisadora acredita que o espaço de divulgação é uma oportunidade única para estabelecer parcerias estratégicas com outras instituições, empresas e organizações presentes. “Essas colaborações têm o potencial de potencializar o impacto do projeto, abrindo portas para novas oportunidades de pesquisa e desenvolvimento, bem como facilitando a implementação prática das inovações propostas”.
(Por Mara Vitorino – Unioeste)