Mercado ilegal de defensivos perto de virar crime hediondo

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela

 

#souagro | Um minucioso levantamento apresentado pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras, mostra um dado alarmante e preocupante em relação ao mercado ilegal de defensivos agrícolas. A prática do contrabando deste tipo de produto gera um rombo de R$ 20 bilhões por ano ao Brasil. Seguidamente, as autoridades policiais costumam interceptar mercadorias do gênero na região oeste do Paraná.

Foram mapeados 16,8 mil quilômetros nas fronteiras do Brasil com dez países. Para ter uma dimensão do problema, somente no ano passado a Polícia Rodoviária Federal realizou a apreensão de 70,4 toneladas de agroquímicos ilegais, volume 13,7% a mais do que o registrado em 2019.

Os estados com maios casos são, pela ordem, o Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Rio Grande do sul. Para inibir a prática, tramita em Brasília um projeto de lei querendo transformar o contrabando em crime hediondo, incluindo no rol o roubo, furto, receptação e contrabando. É o mesmo critério utilizado para práticas de estupro, homicídio, latrocínio e tráfico de drogas. Com isso, os envolvidos no crime passam a não desfrutar de pagamento de fiança, anistia, graça e indulto.

Conforme as autoridades, a fragilidade da fronteira brasileira é um “prato cheio” para a ação das quadrilhas e receptadores. Além de econômicas, as consequências negativas envolvendo a saúde também são consideráveis.

O benzoato de emamectina é o produtor mais contrabandeado, com severas restrições no Brasil. O percentual máximo liberado, pelas normas sanitárias, é de 5%, porém, em produtos trazidos ilegalmente do Paraguai, foram encontradas cargas com até 95% de concentração do princípio ativo.

(Vandré Dubiela/Sou Agro, com agências)

 

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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