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Com oferta em alta, preço do ovo cai de forma expressiva em agosto

Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino
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Com oferta do produto em alta, o preço do ovo caiu de forma expressiva em agosto, de acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

Os valores médios mensais dos ovos tipo extra, tanto brancos quanto vermelhos, recuaram em agosto em comparação aos de julho, registrando os menores patamares desde janeiro.

Segundo colaboradores do Cepea, para reduzir a oferta e normalizar os estoques, que estão altos, vendedores têm concedido descontos e realizado promoções.

No entanto, essas medidas não têm sido suficientes para elevar a liquidez, que segue enfraquecida, pressionando os valores da proteína.

De acordo com dados do Cepea, em Bastos (SP), o preço do ovo branco tipo extra, a retirar na granja (FOB), caiu expressivos 11,5% entre julho e agosto, para R$ 159,77 por caixa com 30 dúzias no último mês. Quanto aos ovos vermelhos, a desvalorização foi ainda mais intensa, de 13,8%, com o produto cotado à média de R$ 177,58/cx em agosto.

Produção

Dados da pesquisa sobre Estatística da Produção Pecuária, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção de ovos comerciais no Brasil bateu recorde, contabilizando 1,02 bilhão no primeiro trimestre de 2023.

De acordo com o documento, esse número representa um aumento de 2,6% em relação à estimativa do mesmo período em 2022 e uma diminuição de 2,8% em comparação com o quarto trimestre de 2022. Apesar da queda em relação ao trimestre anterior, essa foi a maior produção de ovo já registrada para esse período e a sétima vez em que a produção ultrapassou a marca de um bilhão.

Esse aumento de 25,77 milhões de dúzias de ovos em nível nacional, foi resultado do crescimento em 21 das 26 Unidades da Federação com granjas pesquisadas. Os maiores acréscimos foram observados em Goiás (+5,52 milhões de dúzias), Paraná (+4,15 milhões de dúzias), Ceará (+3,30 milhões de dúzias), Maranhão (+2,89 milhões de dúzias), Pernambuco (+2,59 milhões de dúzias) e Tocantins (+2,56 milhões de dúzias). Por outro lado, o Amazonas registrou a maior redução, com uma queda de 1,82 mil dúzias.

A pesquisa, realizada desde 1987, também aponta o Estado de São Paulo como o maior produtor de ovos do país, representando 26,2% da produção nacional. Em seguida, vieram Paraná (10,0%), Minas Gerais (8,7%) e Espírito Santo (8,2%).

Paraná

O Paraná é o segundo maior produtor de ovos do Brasil e com os casos de gripe aviária em outros países, tem ganhado cada vez mais espaço no mercado internacional. Segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), de janeiro a maio deste ano, as exportações brasileiras chegaram a quase 12 mil toneladas de ovos, representando um aumento de 93% comparado ao mesmo período de 2022.

Com Cepea e agências

 

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

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