Preços do boi gordo caem em julho, mas oferta curta contém queda
O mercado físico de boi gordo registrou preços um pouco mais enfraquecidos ao longo de julho. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, com escalas de abate mais alongadas, os frigoríficos conseguiram exercer pressão sobre os pecuaristas. No entanto, principalmente nas últimas semanas do mês, os preços voltaram a se fortalecer, diante de uma oferta restrita. Houve registro de negócios acima da referência média em muitos estados nos últimos dias de julho. “A tendência de curto prazo indica para maior propensão a reajustes durante a primeira quinzena de agosto, período que conta com maior apelo ao consumo de carne bovina, avaliando que além da entrada dos salários na economia há também o adicional de consumo relacionado ao Dia dos Pais, no segundo domingo do mês”, disse Iglesias.
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Ainda conforme o analista, a expectativa é que a frente fria desta semana amplie a degradação das pastagens, resultando em avanço pontual da oferta, principalmente no Mato Grosso do Sul. Já foi visualizado algum avanço da oferta de animais de reposição durante a segunda quinzena de julho em função do clima mais frio. As geadas também produzem impacto no médio prazo, considerando que o processo de desgaste das pastagens remete a uma entrada tardia de animais de pasto no mercado.
Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 29 de julho:
* São Paulo (Capital) – R$ 318,00 a arroba, contra R$ 320,00 a arroba na comparação com 30 de junho (-0,62%).
* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 310,00 a arroba, ante R$ 315,00 a arroba, caindo 1,59%.
* Goiânia (Goiás) – R$ 303,00 a arroba, contra R$ 305,00 (-0,66%).
* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 315,00 a arroba, estáveis.
* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 308,00 a arroba, contra R$ 310,00 a arroba (-0,65%).
Exportação
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 702,857 milhões em julho (17 dias úteis), com média diária de US$ 41,344 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 130,498 mil toneladas, com média diária de 7,676 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.385,90. Em relação a julho de 2020, houve ganho de 37,64% no valor médio diário da exportação, alta de 4,30% na quantidade média diária exportada e valorização de 31,96% no preço médio. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior.
FONTE: Agência SAFRAS