A gangorra do mercado de grãos
#souagro | A semana foi de mercado instável, inseguro e de altos e baixos em relação aos grãos. A avaliação é do analista Modesto Daga, vice-presidente do Sindicato Rural de Cascavel.
Com relação ao milho, ainda é precoce dimensionar as perdas ocasionadas pelas geadas no Brasil e muito menos os prejuízos provocados pela seca nos Estados Unidos. “Agosto é o mês definitivo e de segurança para os americanos com relação à produtividade. Se chover bem, pode haver recuperação, assim também sobre a soja, se as precipitações pluviométricas ocorrerem também será um alento para a cultura nas áreas onde a estiagem castiga de maneira severa”.
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No oeste paranaense, as provocadas pela geada foram bem significativas. “Sabemos que nos Estados Unidos os trigos também apresentaram perda dessa forma, a probabilidade dos preços subirem precisa ser considerada”.
Conforme Daga, caso haja quebra expressiva no milho do Brasil, os Estados Unidos precisarão cobrir essa deficiência para o mundo e se a quebra de soja se confirmar aos norte-americanos, o Brasil terá de ter uma produção muito alta para suprir a demanda mundial. Em suma, será preciso aguardar o próximo relatório do USDA para observar os rumos do mercado de grãos no mundo.
(Vandré Dubiela/Sou Agro)