Foto: Agência de notícias do MS

Será que agora vai? Obra da maior indústria de fertilizantes do Brasil pode ser retomada

Débora Damasceno
Débora Damasceno
Foto: Agência de notícias do MS

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, sinalizou ao governador Eduardo Riedel e à ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) a retomada de estudos e possíveis investimentos em fertilizantes e o interesse em ver de perto a situação da UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III), em Três Lagoas, a maior do Brasil, se finalizada. Na prática, isso reacende a expectativa de conclusão da obra, paralisada em 2019. O encontro foi realizado na última semana no gabinete da ministra, em Brasília.

“Foi uma reunião extremamente positiva em que trouxemos a discussão da UFN3, que é uma expectativa, uma ansiedade de todo Mato Grosso do Sul. Foi uma reunião muito boa porque eles retomaram a agenda de fertilizantes e gás dentro da companhia, dentro da Petrobras, e sinalizaram uma discussão para que a gente possa nos próximos anos concluir esse que é um dos maiores ativos que nós construímos ao longo do tempo”, afirmou o governador Eduardo Riedel.

 

A boa notícia veio na véspera do aniversário de 108 anos de Três Lagoas.

“É uma boa notícia à véspera do aniversário de Três Lagoas. Desde 2019 a Petrobras estava impedida de terminar a fábrica ou de investir em fertilizante e gás no Brasil. Agora, o presidente da Petrobras e a Petrobras acabaram de aprovar plano estratégico para 2024 até 2028 permitindo que eles voltem a estudar e fazer investimentos viáveis na exploração de gás e produção de fertilizantes. Então, a boa notícia é essa. Agora começa nesse segundo semestre os estudos e, a boa notícia final, o presidente da Petrobras quer conhecer Mato Grosso do Sul, a planta de Três Lagoas, visitar todo o Estado de Mato Grosso do Sul, para ver in loco a grandeza e a importância da fábrica de fertilizante para Mato Grosso do Sul”, acrescentou a ministra.

Histórico

A construção da UFN3 em Três Lagoas teve início em 2011 e foi paralisada em dezembro de 2014 com 81% de conclusão, após a Petrobras romper o contrato com o consórcio responsável pela obra. A estatal colocou a UFN3 à venda em setembro de 2017, alegando que não tinha mais interesse em seguir no segmento de fertilizantes.

No ano passado, uma empresa russa chegou a manifestar interesse na compra da fábrica. Negociações foram iniciadas, mas não concluídas porque o plano de negócios proposto pelo potencial comprador queria rebaixar a fábrica para uma indústria misturadora de fertilizantes.

A reunião de hoje no Ministério do Planejamento e Orçamento contou ainda com a participação dos secretários Jaime Verruck (Semadesc), Pedro Caravina (Segov) e Eduardo Rocha (Casa Civil).

(Com Agência de Notícias – MS)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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