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Desde o ano 2000, quando foi criada a Lei 9.974 voltada à adoção da logística reversa, 600 mil toneladas de embalagens utilizadas no armazenamento de agroquímicos foram recolhidas e reutilizadas, gerando impactos positivos tanto em relação à geração de renda como na preservação do meio ambiente. Em Cascavel e região, a ADDAV (Associação dos Distribuidores de Defensivos Agrícolas e Veterinários do Oeste do Paraná), recebe anualmente 450 toneladas de embalagens de produtores estabelecidos em 35 municípios da região.

Desde 2001, as atividades são desenvolvidas no mesmo local do então Programa Terra Limpa, atendendo todas as revendas da região. A partir do momento em que o agricultor realiza a tríplice lavagem, o material é enviado para as recicladoras, servindo de fonte para matéria-prima e geração de novos produtos, fomentando a criação de emprego e renda nos municípios. Os trabalhos sociais também são de extrema relevância, principalmente em um momento delicado em que todos vivemos, por conta da pandemia do novo coronavírus. No ano passado, a ADDAV, por intermédio do inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), proporcionou a doação de 90 cestas básicas para famílias carentes, utilizando como elo a AREAC (Associação Regional dos Engenheiros Agrônomos).

Em todo o Paraná, o manejo adequado de todo o material chega a 94%. De acordo com a responsável pela unidade da ADDAV em Cascavel, Patrícia Moretti, o gesto dos produtores gera reflexos tanto no campo social como do meio ambiente. “O Paraná é referência para o Brasil quando o assunto é a logística reversa”, salienta.

Veja entrevista concedida ao Portal Sou Agro

A consciência no campo tem aumentado gradativamente. Em 1999, por exemplo, apenas 50% das embalagens vazias de defensivos foram doadas ou vendidas sem controle, 25% tiveram como destino a queima a céu aberto e 10% foram armazenadas ao relento, conforme pesquisa da Andef (Associação Nacional de Defesa Vegetal).

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(Sirlei Benetti/Sou Agro)