Foto: Envato

Queda na procura pela carne suína faz preço baixar

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| Mostramos nesta semana aqui no Sou Agro que 2022 fechou com resultados positivos no setor de carne suína, isso que foi um ano bem difícil para os suinocultores que enfrentaram muitas questões que inclusive, fizeram muitos abandonar a criação de porcos.

Mesmo assim, o setor se recuperou e segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) as exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 102,8 mil toneladas em dezembro de 2022, volume 14,6% superior ao registrado no décimo segundo mês de 2021, com 89,7 mil toneladas. Em receita, a alta chegou a 32,5%, com US$ 253,8 milhões em dezembro do ano passado, contra US$ 191,5 milhões em 2021.

 

Com esse desempenho da carne registrado em dezembro, as exportações totais de 2022 alcançaram 1,120 milhão de toneladas, volume 1,4% menor que o registrado no mesmo período do ano anterior, com 1,137 milhão de toneladas. A receita total gerada no ano passado chegou a US$ 2,572 bilhões, resultado 2,6% menor que o registrado em 2021, com US$ 2,641 bilhões.

“As vendas mensais registradas desde julho até dezembro se estabeleceram em média acima de 100 mil toneladas, algo inédito para o setor, que recuperou o desempenho visto no primeiro semestre, com média de 85 mil toneladas. As divisas geradas reduziram a pressão resultante dos atuais patamares de custos de produção, que são históricos”, avalia Ricardo Santin, Presidente da ABPA.

PREOCUPAÇÃO EM 2023

Mas há um preocupação neste ano, apesar da recuperação com a intensa valorização do animal vivo e da carne em dezembro de 2022, os preços do suíno no mercado independente vêm registrando forte queda nesta segunda semana de janeiro.

A enfraquecida demanda doméstica por carne suína tem pressionado as cotações do vivo e da proteína em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Vale lembrar que, historicamente, este período do ano apresenta menor fluxo de compra para a carne suína, devido à restrição orçamentária da maior parte da população e às férias escolares. Desta forma, para evitar aumento dos estoques, atacadistas ajustaram negativamente os preços para melhorar a saída dos produtos.

(Com Cepea e ABPA)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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