Nova cultivar de batata é resistente a doenças e indicada ao cultivo orgânico
#souagro| Mais uma cultivar está sendo lançada pelo Programa de Melhoramento Genético de Batata da Embrapa para ampliar o leque de opções ao setor produtivo. A BRS F50 (Cecília) apresenta como principal diferencial a resistência a doenças nas folhas, o que diminui a necessidade de uso de defensivos químicos, resultando em indicação a sistemas orgânicos de produção.
Uma das principais características da Cecília é a resistência moderada a doenças foliares, como a requeima, principal doença da batata no mundo, que pode causar a perda total da produção, e a pinta preta, também importante, que reduz o tamanho dos tubérculos e a produtividade.
Essa resistência, no entanto, não dispensa a necessidade de medidas de manejo de controle de doenças, independentemente do tipo de sistema utilizado, com substâncias ou produtos permitidos para cada caso. Os cuidados também são importantes porque a variedade não é resistente a doenças como o vírus Y da batata (PVY) e o vírus do enrolamento das folhas da batata (PRLV).
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No campo, a batata apresenta elevado potencial produtivo, podendo chegar a 45 toneladas por hectare. As plantas têm porte médio a alto, com hábito de crescimento semiereto, e folhas moderadamente abertas. O ciclo vegetativo é médio, com cerca de 110 dias.
“A combinação de produtividade, resistência a doenças foliares, aparência de tubérculo e conteúdo de matéria seca encontrada na BRS F50 (Cecília) confere um produto versátil no campo e na mesa”, comenta o pesquisador Giovani Olegário da Silva, um dos responsáveis pelo desenvolvimento da cultivar.
O material é adaptado à safra de inverno, com plantios de maio a julho, em Minas Gerais e São Paulo; e às safras de outono e primavera, com plantios em fevereiro e maio e em agosto e setembro, respectivamente, no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Além disso, pode ser cultivado na safra de verão, em áreas de maior altitude do Sul do País.
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O material foi desenvolvido pela Embrapa Clima Temperado (RS) e pela Embrapa Hortaliças (DF) com testes nas estações experimentais Cascata (EEC), em Pelotas (RS), e Canoinhas (EECan), no estado de Santa Catarina.
(Leia a pesquisa completa da Embrapa Aqui)