“Se enganam aqueles que pensam que esta proposta não causará impactos a toda a sociedade paranaense e brasileira”, afirma Aprosoja, sobre taxação do Agro
A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) divulgou uma nota e vem a público manifestar sua posição contrária à proposta apresentada pelo governador do Paraná Ratinho Júnior de implantar a taxação sobre produtos agropecuários no estado.
“A entidade acredita que a forma mais eficiente de aumentar o caixa do Estado é fazer uma profunda Reforma Administrativa de maneira a cortar gastos considerados desnecessários sem comprometer o bom funcionamento da máquina pública e os serviços básicos da população. No entanto, não é o que alguns governantes têm feito ultimamente em tempos de crise ao optarem pelo caminho mais fácil de criar tributos ou elevar as taxas dos já existentes sobre setores importantes da economia”.
A nota ressalta o impacto disso em toda a economia. “Se enganam aqueles que pensam que esta proposta não causará impactos a toda a sociedade paranaense e brasileira. O exemplo mais claro está na Argentina, que há décadas implantou taxações sobre exportações de produtos agropecuários, as retenciones, e o resultado foi a redução da atividade econômica, inflação, desabastecimento e empobrecimento da população”.
A Aprosoja destaca ainda a surpresa com a decisão. “O Brasil, ao contrário do país vizinho, ao implantar a Lei Kandir, em 1996, desonerou as exportações de bens semielaborados e deu um grande incentivo para que o país se tornasse o maior exportador e produtor de soja do mundo. A proposta surpreende a todo o setor produtivo. Durante a campanha, o governador Ratinho Júnior prometeu justamente o contrário, que iria cortar gastos sem criar impostos”, ressalta.
“Diante deste impasse, a Aprosoja Brasil mais uma vez faz um apelo ao governador e aos deputados estaduais do estado do Paraná para que não levem adiante esta proposta, pois ela será extremamente danosa à economia. Cortem gastos desnecessários, retirem mordomias e enxuguem a máquina pública no que não for essencial. Esta sim é a forma mais correta e justa de fazer com que os paranaenses sejam mais bem respeitados e atendidos em suas necessidades”.
Com Aprosoja
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