Índice de Preços ao Produtor se mantém estável na agricultura e pecuária
#souagro| Em 2022, o Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/Cepea) vem se mantendo praticamente estável. Pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), mostram que, de janeiro a setembro deste ano, o Índice registrou ligeira queda de 0,1% comparado ao mesmo período de 2021. Já nesse último trimestre (de julho a setembro/22), especificamente, houve pequeno crescimento de 0,7% frente ao trimestre anterior (de abril a junho/22).
Segundo pesquisadores , essa estabilidade se deve ao contrabalanceamento das variações dos índices de grupos de alimentos. Nos nove primeiros meses de 2022, enquanto o IPPA-Grãos e o IPPA-Pecuária recuaram respectivos 3,9% e 3,4% frente ao mesmo período do ano passado, o IPPA-Hortifrutícolas e o IPPA-Cana-Café avançaram 17,8% e 19,3%.
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A queda observada no Índice de grãos esteve atrelada às desvalorizações do arroz, do milho e da soja de janeiro a setembro deste ano frente ao mesmo período de 2021. Para o Índice de pecuária, as quedas sobretudo nos preços da arroba bovina e também do suíno influenciaram o resultado negativo da parcial de 2022.
Já as fortes variações positivas observadas aos Índices de hortifrúti e de cana e café se devem, no caso do primeiro, aos expressivos avanços nas cotações da batata, tomate, banana e uva e, para o segundo caso, às elevações nos preços da cana e do café.
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Na comparação entre o segundo e terceiros trimestres de 2022, o cenário foi de queda para o IPPA-Grãos, de 3%, ao passo que o IPPA-Pecuária subiu 4,9% e o IPPA-Hortifrutícolas, significativos 19,7%. Já o IPPA-Cana-Café permaneceu praticamente estável, com ligeira baixa de 0,04%.
Neste período, a baixa do Índice de grãos foi resultado das quedas observadas nos preços do algodão em pluma, do milho, da soja e do trigo. O Índice de pecuária foi sustentado pelas valorizações do suíno, do leite e dos ovos.
O Índice de hortifrúti, foi impulsionado pelas elevações nos valores da banana, laranja e uva e o formado por cana e café, pelo avanço nas cotações do segundo produto, tendo em vista que a cana se desvalorizou no período.
(Débora Damasceno/Sou Agro com Cepea)
(Foto: reprodução)