Acusados de fazer reféns em fazenda e roubar R$ 2 milhões em defensivos são presos
#soaugro| Uma verdadeira força tarefa terminou com a prisão de três acusados de envolvimento no roubo de R$ 2 milhões em defensivos agrícolas durante um assalto violento em 2019 em uma fazenda na cidade de Água Fria na Bahia.
Após o crime às investigações começaram e na última semana a Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Formosa, em cooperação com a Polícia Civil do Estado da Bahia, deflagrou a Operação Agro Defense. Durante a ação três pessoas foram presas, sendo uma na cidade de Formosa/GO e duas na Bahia, mais precisamente nas cidades. Outros três suspeitos seguem foragidos.
As investigações apontam que vários criminosos teriam invadido, no dia 9 de novembro de 2019 e com o uso de armas de fogo, fizeram vários reféns para roubar quase R$ 2 milhões em defensivos agrícolas. Na ocasião, os criminosos, encapuzados, utilizaram armas longas e curtas e renderam todos os funcionários da fazenda.
Agindo com extrema violência, os suspeitos entraram na fazenda, arrombaram as portas de todas as casas, renderam as vítimas, roubaram todos os aparelhos celulares e mecanismos de comunicação e, depois, trancaram as vítimas em um cômodo, sob vigilância constante. Em seguida, o grupo criminoso chegou com um veículo de grande porte para carregar o produto. O grupo especializado sabia identificar os produtos e subtraiu apenas os defensivos agrícolas de alto valor.
Enquanto o carregamento era feito, os funcionários da fazenda reféns eram constantemente ameaçados. Após o crime, os membros da associação criminosa saíram da fazenda, levando os aparelhos celulares dos funcionários, além de um veículo. Tanto o carro quanto os celulares foram abandonados nas proximidades.
As investigações realizadas pela Polícia Civil ainda apontam que a associação criminosa revendia os defensivos de forma pulverizada, passando para os receptadores pequenas quantidades do produto, de forma a não chamar a atenção das autoridades sobre sua origem ilícita. Além disso, ficou comprovado que as informações sobre a dinâmica da fazenda foram passadas por um funcionário de uma empresa terceirizada que fazia obras no local.
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Segundo o delegado Danilo Meneses, grande parte da associação criminosa residia no estado da Bahia, mas a iniciativa do crime partiu de pessoas residentes na cidade de Formosa em Goiás. Um desses informantes ainda possuía acesso à fazenda e a confiança dos proprietários e funcionários do local. Identificados os suspeitos da prática do crime, foi feita representação pela prisão preventiva de sete suspeitos.
“Os membros do grupo criminoso possuem, em sua grande maioria, diversos registros de envolvimento em crimes patrimoniais”, conta o delegado. No dia 7 de setembro de 2021, um dos suspeitos, Jorge Diego Batista Pacheco, foi morto em confronto com a Polícia Militar do Estado da Bahia, logo após roubar um caminhão. A ocorrência aponta que, na perseguição, Jorge Diego chegou a atirar contra os policiais, acertando o para-brisas da viatura.
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Durante a Operação Agro Defense dois suspeitos foram presos pela PCBA. Um dos suspeitos, que passava informações sobre a dinâmica da fazenda e sobre os defensivos que ali se encontravam no dia do crime, foi preso pelo GIH na cidade de Formosa. Os suspeitos Fabrício Queiroz Silva, Francisco Araújo Santos e Giorlan Conceição dos Nascimento seguem foragidos.
O delegado Danilo Meneses reforça que a colaboração da população, comunicando às autoridades qualquer informação sobre o paradeiro dos foragidos, é de extrema relevância para o cumprimento das ordens judiciais. Vale ressaltar que os membros da associação criminosa investigada são de alta periculosidade e, em sua maioria, contumazes praticantes de crimes patrimoniais. As investigações seguem por parte do GIH de Formosa, com o objetivo de responsabilizar outros suspeitos envolvidos no crime.
(Débora Damasceno/Sou Agro com PC/Goiás)
(Fotos: PC/Goiás)