Saiba como pesticida em cápsula reduz nível tóxico em larvas de peixe-zebra
Um pesticida em cápsula reduz nível tóxico em larvas de peixe-zebra. Uma equipe de cientistas da Ebrapa e outros parceiros testou o nível tóxico de diversas formulações de pesticidas com ação inseticida. A equipe realiza testes com herbicidas, atualmente.
A equipe constatou que o inseticida encapsulado em um polímero natural apresentou menor toxicidade pois aumentou a concentração necessária do composto para causar a mesma toxicidade em peixes que o princípio ativo (dimetoato) e não afetou o comportamento das larvas.
- “O agronegócio é um só, ele não pode ser dividido”, diz Tejon sobre 2° turno das eleições presidenciais
- Aumento da exportações de leite é foco dos estados do Sul
Uma vez que existem várias questões toxicológicas em relação aos pesticidas, o aprimoramento de formulações para torná-los mais seguros pode auxiliar na redução de seus efeitos adversos.
De acordo com a pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente Vera Castro, nos últimos anos, o uso da nanotecnologia mostrou grande potencial para criar formulações e com isso melhorar a eficácia e a segurança dos pesticidas, além de diminuir os efeitos prejudiciais ao ambiente.
- Produção de insumos para diagnóstico de brucelose e tuberculose bovina será retomada no Paraná
- Cuidados com o cocho de alimentação garantem mais ganho de peso ao rebanho
“Fórmulas nanoencapsuladas utilizam uma grande diversidade de nanomateriais, explica o analista José Vallim, da Embrapa Meio Ambiente. Por isso, a nanoencapsulação de pesticidas pode prover cinética de liberação controlada do ingrediente ativo enquanto aumenta eficientemente a sua permeabilidade, estabilidade e solubilidade”.
Conforme Leonardo Fraceto do Instituto de Ciência e Tecnologia da Unesp, formulações que alteram o perfil de liberação de ingredientes ativos prometem muitos benefícios em relação aos produtos convencionais.
- Com foco em crimes rurais, operação termina com mais de 100 pessoas presas no PR
- Mercado de grãos deve ficar mais aquecido nos próximos meses
Por outro lado, embora muito se discuta sobre os possíveis benefícios das formulações de nanopesticidas, há a preocupação de avaliar a sua segurança quanto a aplicação agrícola uma vez que assim como para os produtos convencionais, há um risco potencial para os ambientes aquáticos devido a liberação do ingrediente ativo do nanopesticida, e, em consequência, possível toxicidade para organismos não-alvo.
Diante disso, explica Fraceto, para promover estratégias de desenvolvimento de produtos mais seguros e avaliar seus riscos ambientais, é essencial entender seu destino no ambiente e nos organismos. Nesse sentido, os testes de toxidade são instrumentos utilizados na avaliação de riscos ambientais.
(Tatiane Bertolino/Sou Agro – com Embrapa)
Foto: Stock