Práticas agroecológicas podem auxiliar no controle de insetos e doenças
#souagro | Com objetivo de diminuir o uso de agrotóxicos e de insumos adquiridos fora da propriedade, além de reduzir o custo de produção é o tema da III Jornada Tecnológica da Agroecologia. Tudo relacionado com práticas agroecológicas.
A oficina “Biofertilizantes e controles alternativos de insetos e doenças” foi conduzida pelas engenheiras agrônomas Joice Mari Asmann (IDR-Paraná), Elisangela Bellandi Loss (Assesoar) e Andrea Becker (Embrapa). Cerca de 25 pessoas, entre agricultores, acadêmicos, pesquisadores e técnicos da extensão rural, participaram da atividade. Na oportunidade os participantes puderam trocar experiências e adquirir conhecimentos práticos relacionados ao manejo agroecológico.
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Caldas
Os pesquisadores apresentaram durante a oficina somente produtos cujo uso já está liberado para o cultivo orgânico e agroecológico, como as caldas. Os participantes conheceram os detalhes da preparação das caldas sulfocálcica e bordalesa, com ação bactericida e fungicida. A prática ainda contemplou o preparo da calda revitalizante que oferece nutrientes para as plantas e ainda repele insetos.
Outro produto apresentado aos participantes foi a calda água de vidro (silicato de potássio), indicada para estimular a função imunológica das plantas e aumentar sua resistência à seca, ao frio e, também, à geada. Para os produtores, essas caldas podem ser de grande utilidade, pois a queda da temperatura e falta de chuvas têm se tornado recorrentes na região causando danos severos para as lavouras.
Biofertilizantes
Além das caldas, a oficina também orientou a fabricação de biofertilizantes como o esterco fervido e o fosfito. O primeiro deles é uma técnica que deixa à disposição das plantas diversos nutrientes rapidamente, e é ideal para o uso em fertirrigação ou irrigação por gotejamento. Já o fosfito é preparado com a queima de ossos e casca de arroz, compondo um adubo rico em fósforo.
Durante a prática também foram selecionadas colônias de microrganismos eficientes (EMs). A técnica para capturar os EMs consiste em levar para a mata uma caixa de madeira, ou bambu, com arroz cozido, sem sal ou óleo. Depois selecionam-se os microorganismos bons para serem aplicados nas áreas de produção. Os EMs têm grande potencial para recuperar áreas que apresentam microfauna em desequilíbrio.
Os participantes da oficina puderam aprofundar o seu conhecimento e trocar experiências, de forma prática, durante todo o processo de elaboração dos produtos, no dia 17 de maio. Em agosto será realizado um curso, online, sobre a implantação de pomares e manejo de agroflorestas.
A Jornada prevê ainda mais uma oficina presencial, no Polo de Pesquisa e Inovação do IDR-Paraná de Pato Branco, em dezembro com o tema “Raízes e tubérculos: mandioca e batata doce”. Mais informações pelo email polopatobranco@idr.pr.gov.br ou pelo telefone (46) 3213-1140.
(Ageiél Machado com IDR-PR)
(Fotos: IDR-PR)