Ceasa de Cascavel definha e requer modernização urgente
#souagro | Se antes da pandemia do novo coronavírus a situação já não era das melhores, depois então, o cenário tornou-se ainda mais delicado. A unidade do Ceasa (Central de Abastecimento) em Cascavel, inaugurada em 1979, atravessa um dos piores momentos de sua história. A dificuldade é confirmada, inclusive, pelo presidente do Ceasa/Paraná, Eder Bublitz, que já ocupou o cargo de chefe da Seab/Cascavel. Informações dão conta de que juntamente do movimento, o número de comerciantes no local também reduziu drasticamente.
Antes de abordar a questão da Ceasa em Cascavel, Bublitz cita a Ceasa de Curitiba, que tem uma realidade bem distinta da estrutura existente na capital do oeste. Por lá, antes da pandemia, costumavam passar 25 mil pessoas por dia, número condizente com a população de 80% dos municípios paranaenses. O presidente da Ceasa lembra que, a partir da aprovação de uma nova lei, passou a se tornar difícil a gestão por parte da Ceasa. Ele aponta uma sucessão de erros que resultou na defasagem da estrutura da Ceasa de Cascavel. “Tínhamos o monopólio da estrutura e isso foi quebrado. Com uma estrutura defasada, fica impossível ser competitivo”, aponta Bublitz, que aproveita para reconhecer o apoio incondicional do prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos, para reverter essa situação.
Para Eder Bublitz, agora, resta sentar, “ruminar as ideias” e decidir qual rumo tomar. Inclusive, o secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, também está sensível ao tema. “Me sinto desafiado. Infelizmente Cascavel tem uma estrutura física da Ceasa defasada em uma área pequena e incompatível com a grandiosidade da cidade e o que ela representa para o Paraná”. Em 2015, a unidade da Ceasa em Cascavel abrigava 18 empresas e garantia a geração de 800 empregos.
Antes da pandemia, a média de abastecimento mensal da unidade da Ceasa em Cascavel era de seis mil toneladas de alimentos. “A situação de Cascavel não ocorre em nenhuma outra unidade do Paraná”. Problemas burocráticos travaram a viabilização de uma megaprojeto envolvendo a Ceasa de Cascavel, que seria implantado em uma área de 16 alqueires, nas proximidades da antiga Coodetec.
A Ceasa de Cascavel estará aberta normalmente no próximo sábado, 1º de maio (Dia do Trabalhador) . As outras quatro unidades da Ceasa no Estado, em Curitiba, Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu estarão fechadas nessa data.
Nesta semana, o prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos, sancionou uma lei que permitirá a instalação de novos atacados hortigranjeiros no local. A nova lei autoriza a instalação, criação, ampliação, mudança e modificação de estabelecimentos que comercializem, em nível de atacado, produtos hortifrutigranjeiros. A liberação de alvará será feita pela Prefeitura, de acordo com o Código Tributário vigente e demais leis relacionadas e ainda conforme o Plano Diretor de Cascavel.
O objetivo é abrir a possibilidade de instalação desse tipo de comércio na cidade, que era restringido pela Lei Municipal nº 2.437, que vigorava há mais de 25 anos (desde /1994) e dava exclusividade à Ceasa.
(Vandré Dubiela e Comunicação Legislativo)