Feijão: safra paranaense deve ser 88% maior
#souagro | Safra maior: O Paraná é um dos expoentes no plantio de feijão no Brasil. Apesar das adversidades observadas nos últimos tempos, por conta das intempéries climáticas, os produtores têm sido resilientes. Para entender um pouco melhor sobre as condições atuais da cultura no Estado, o Portal Sou Agro entrevistou o engenheiro agrônomo e analista da cultura do feijão no Deral (Departamento de Economia Rural) da Seab (Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento), Joabe Rodrigues Pereira.
O Paraná é o principal produtor de feijão preto e responde por 70% do total da produção brasileira. Os núcleos regionais da Seab de Ponta Grossa, Pato Branco, Irati, Guarapuava são responsáveis por 79% do total da produção. Os principais polos produtores de feijão estão localizados na região Sul do Paraná.
O feijão plantado no Paraná abastece praticamente todas as regiões do Brasil, com grande destaque no sudeste do País. Apesar disto O Brasil importa anualmente em média 100 mil toneladas de feijão preto da Argentina.
A segunda safra ou safra da seca (plantada em janeiro e fevereiro), está com uma estimativa de área 272 mil hectares, onde 77% já está plantado sendo: 82% com condições boas, e 18% com condições médias. “No ano passado tivemos praticamente a mesma área plantada”, comenta o analista da cultura do feijão do Deral no Paraná, Joabe Rodrigues Pereira.
A estimativa para a colheita é de 537 mil toneladas se as condições climáticas estiverem favoráveis. Esta safra se confirmada, será 88% maior frente a produção do ano passado que devido à forte estiagem, resultou em apenas 286 mil toneladas.
A produção estimada na região de Cascavel é de 15,750 mil toneladas. O oeste está com 24% da área plantada com 1.800 hectares. “Ainda está muito cedo para avaliar se as condições climáticas vão comprometer a quantidade e qualidade dos grãos, pois ainda está sendo realizado o plantio”, comenta. “Na safra passada foi comprometida, caso haja problema de estiagem poderá sim comprometer”, acrescenta Joabe Pereira. O clima atual tem favorecido o plantio, mas em algumas regiões pontuais a falta de chuva e o calor muito alto pode interferir na produção.
(Vandré Dubiela/Sou Agro)
Fotos: Flávio Frizon