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Fertilizantes: para ministra, momento não é de pânico

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela
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#souagro | Contrariando informações divulgadas pelos meios de comunicação do País, a Rússia emitiu comunicado nesta quarta-feira (3), negando que tenha suspenso a venda de fertilizantes para o Brasil. A informação é atestada pelo consultor de fertilizantes da AMR Business Inteligence, Alessandro Rabello.

Muito embora o conflito agrave a situação no mercado internacional, principalmente em torno da logística de transporte e acesso às matérias-primas, as relações entre Rússia e Brasil permanecem fluindo normalmente.

“Vimos que circulou a informação de que a Rússia travou as exportações para o Brasil, esse risco existe e não da Rùssia travar para o Brasil, mas para o mundo, na verdade, sem um motivo específico para o Brasil. E todo o corpo da matéria que circulou fala de uma situação da Bielorrússia (e de sanções que são impostas a este país por União Europeia e Estados Unidos), que é um caso já conhecido e que vocês vêm noticiando”, afirma Rabello.

Conforme o consultor, as relações comerciais entre Brasília e Moscou permanecem fortalecidas, muito por conta do recente encontro entre os presidentes das nações, Jair Bolsonaro e Vladimir Putin, respectivamente. O ponto de desequilíbrio no momento se restringe à logística.

 

 

Importante matéria-prima para os nitrogenados e fosfatados como N, como MAP, DAP, os NPS, a falta de amônia já é uma realidade e já começam a inflar os preços. A preocupação central é com o potássio. O Canadá é o maior produtor mundial, mas não tem condições de suprir a demanda internacional com o que produz. Rússia e Bielo têm um share global de 50%, com a agravante de que não há componente que possa substituir o cloreto de potássio.

Esse bombardeio de notícias em torno da escassez de fertilizantes, provoca uma corrida do produtor brasileiro para garantir os insumos e por sua vez, a continuidade dos seus negócios.

 

O QUE DIZ A MINISTRA

Para a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, não há motivos para pânico quando o assunto envolve o impacto sobre a importação de fertilizantes, por conta da tensão no leste europeu. Entretanto, não quer dizer que a situação não precisa de monitoramento. “Precisamos aguardar, é muito cedo ainda: precisamos ver como será essa sanção do Ocidente para Rússia”, disse Tereza.  O Plano Nacional dos Fertilizantes tem sido discutido nos últimos anos e pode ser uma saída em caso de impactos no fornecimento. O Brasil é muito dependente da importação de insumos. Cerca de 70% dos fertilizantes são importados.

(Vandré Dubiela/Sou Agro)

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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