SOJA: China troca o Brasil pelos Estados Unidos

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela

 

#souagro | A China cancelou a compra de pelo menos cinco navios carregados de soja brasileira. Boa parte dos processadores do continente asiático está revendo os contratos de soja do Brasil. O motivo são os contratos futuros de CBOT em alta. Ao longo dos últimos dias, foram anunciados bons volumes de soja vendidos pelos Estados Unidos para a China a destinos até então não divulgados.

A especulação tem sido uma constante no mercado, diante dos altos prêmios e da quebra agressiva da safra dos países produtores da América do Sul. No mesmo ritmo, estão ocorrendo a revenda de soja brasileira pela China no destino, conhecido como whasout, frente às margens ruins de esmagamento da nação asiática.

Além das altas registradas pela commodity na Bolsa de Chicago – com os futuros, inclusive, testando os US$ 16,00 por bushel na sexta-feira (18) mais uma vez – os prêmios brasileiros também subiram forte nas últimas semanas, com o pouco produto disponível sendo disputado entre as indústrias locais e a exportação. Foram valores acima dos 130 centavos de dólar por bushel sobre os valores praticados na CBOT, levando o produto do Brasil a valer mais de US$ 17,00.

Os portos brasileiros continuam dando chances de preços acima dos R$ 200,00 por saca nos vencimentos curtos, e chance de R$ 211,00 no spot no terminal de Rio Grande. Os compradores seguem bastante presentes no mercado, buscando originar a soja, mas ainda com bastante dificuldade, já que os vendedores permanecem bastante retraídos.

 

 

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou mais uma venda de soja, dessa vez de 198 mil toneladas para destinos não revelados. O mercado continua especulando sobre a China ser a compradora. Do total, 66 mil toneladas são da safra 2021/22 e 132 mil da safra 2022/23.

A China continua comprando soja nos EUA, porém, para a safra nova. Os EUA já venderam 4,5 milhões de toneladas de soja 2022/23, sendo que 60% é para a China. Nessa semana, a China comprou apenas cinco barcos de soja. Isso é muito pouco, normalmente compra entre 25 e 30 barcos.

(Vandré Dubiela/Sou Agro, com agências)

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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