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Os resultados da safra de verão na visão de líderes cooperativistas

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela
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#souagro |  A estiagem registrada no Paraná e com maior intensidade no oeste paranaense deixou um rastro de frustração e perdas. Os prejuízos superam a cifra de R$ 30 bilhões, conforme levantamento apresentado pela Seab (Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento). Líderes cooperativistas de duas das principais integradoras da região falaram sobre este assunto ao Portal Sou Agro.

Para o presidente da C.Vale, Alfredo Lang, a seca é considerada por ele séria, grave e preocupante. “Estamos bastante preocupados já com o plantio do milho. Nunca vi na nossa região plantar milho sem colher a soja. E tem muitas lavouras desse jeito. É uma mostra da gravidade do que ocorreu com relação à soja”. Segundo ele, isso será sentido no momento de contabilizar as contas dos financiamentos, no cobrir os custos e então vamos perceber o problema que essa situação vai gerar.

Questionando sobre a expectativa em torno de um auxílio do governo federal e alongamento de dívidas para respaldar os produtores, o presidente da C.Vale comentou que este é o trabalho que vem sendo feito agora no sentido de pedir esse alongamento de dívidas, mas nem todos financiaram. Alguns usaram recursos próprios, outras fontes de recursos e essa situação serão bem complicada. “Estamos trabalhando com o governo sobre essas questões. Há muitos anos isso não era necessário e agora, junto com cooperativas do oeste e noroeste, trabalhando nesta linha”.

O presidente da Copacol, Válter Pitor, estima uma perda de mais de 80% da safra do oeste. “Na história, uma frustração de safra pela seca ocorreu em 1978”. E agora, mais de 80%, sem contar a qualidade muito ruim. “É um desafio, principalmente nós das integrações, em busca de soja para ter o farelo para atender os integrados. Está sendo plantado milho, esperamos a chuva, para que tudo volte à normalidade”. E mesmo diante do cenário de perdas, Pitol comenta que a cooperativa tem condições econômicas e financeiras de dar suporte aos associados que infelizmente, com a frustração, não conseguiram saldar seus compromissos. A cooperativa tem condições de alongar essas dívidas para que o associado continue produzindo alimentos para o Brasil e o mundo”.

(Vandré Dubiela/Sou Agro)

 

 

 

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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