Seguradoras estão abrindo mão de cobertura

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Seguradoras estão abrindo mão de cobertura

Vandre Dubiela

31 de janeiro de 2022 às 14:30

#souagro | Cobertura seguradoras: e os reflexos provocados pela estiagem não param de surgir. Produtores rurais do Paraná têm alertado que muitas seguradoras têm se negado a segurar novas áreas de milho, por conta do rombo provocado pelas indenizações dos últimos meses em estados do sul.

Um especialista presente no segmento que preferiu não se identificar, confirma essa informação. “Existem seguradores que vão avaliar a participação delas na safra passada. Supomos que ela segurou 150 mil hectares e por conta dos últimos acontecimentos no campo gerados pelas intempéries climáticas, elas não vão mais conseguir atender esse mesmo limite de capacidade para a safra subsequente”, conta o especialista. “Isso porque algumas tiveram uma sinistralidade muito elevada e em vez de 150 mil hectares, vão cobrir 70 mil hectares”.

Conforme o especialista em seguros, é por esse motivo que tem se observado todo esse barulho no mercado, deixando um vácuo para as outras seguradoras com mais condições de cobertura.

Em 2021, o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aplicou R$ 1,18 bilhão, valor 34% maior que o executado em 2020.

Com isso, todos os indicadores são recordes no seguro rural em 2021. Foram beneficiados aproximadamente 121 mil produtores rurais, contratadas 218 mil apólices e a área segurada total foi de 14 milhões de hectares, 2,4% superior ao resultado de 2020. O valor segurado no país alcançou o recorde de R$ 68,3 bilhões no ano passado, um aumento de aproximadamente 49,1%.

As seguradoras já pagaram, entre janeiro e outubro de 2021, em torno de R$ 3,6 bilhões em indenizações aos produtores, o que representa um aumento de 76% sobre os R$ 2,1 bilhões pagos no mesmo período de 2020. O valor é recorde também desde o começo do PSR, em 2006.

As culturas que apresentaram maior demanda por seguro rural foram: soja, milho (2ª safra), trigo, milho (1ª safra), café, maçã, uva, arroz e tomate.

(Vandré Dubiela/Sou Agro)

(Vandre Dubiela/Sou Agro)