Sem qualidade, soja ainda serve para óleo e farelo
#souagro | Uma das mais severas estiagens já enfrentadas pelo Paraná nas últimas décadas deixou uma série de reflexos nada agradáveis. Além do baixo índice de produtividade, o produtor ainda precisa lidar com a baixa qualidade do grão de soja colhido.
Presidente de uma das cooperativas mais tradicionais do Brasil, Dilvo Grolli, da Coopavel, confirma a baixa qualidade dos grãos colhidos até agora. Mesmo com as chuvas registradas nos últimos dias, não há muito o que se fazer, por conta das áreas já prejudicadas em seus períodos de desenvolvimento. “Apesar da baixa qualidade, os grãos servem para extração de óleo e farelo”, comenta o presidente da Coopavel.
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No caso da extração de óleo, a quantidade de óleo é menor, mas dentro d os parâmetros para o uso. Nas lavouras que começaram a ser colhidas a partir de 25 de janeiro a qualidade do grão já melhorou bastante, na ótica do presidente da Coopavel.
O Departamento de Economia Rural vinculado à Seab (Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento), projetou uma queda na safra de soja no Estado. Com base no relatório mensal de janeiro, a safra está estimada em 12,828 milhões de toneladas, ante 19,8 milhões da safra anterior, ou seja, queda de 35%. Em dezembro, a projeção da safra era de 18,448 milhões de toneladas no Paraná.
A estimativa de área plantada de soja no Paraná é de 5,642 milhões de hectares, pouco acima dos 5,590 milhões de toneladas da safra passada. Já a produtividade média é projetada em 2.274 quilos por hectare, inferior aos 3.543 quilos da safra 2020/21.
(Vandré Dubiela/Sou Agro)