Brigadas aéreas

Brigadas aéreas vão ajudar produtores a debelar chamas

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela
Brigadas aéreas

 

Uma reunião marcada para a tarde dessa terça-feira debaterá a formação de brigadas aéreas de combate a incêndios com aviões agrícolas na Fronteira Oeste gaúcha. O encontro é via web e iniciou às 14 horas, e foi marcado pela Associação Santanense de Engenheiros Agrônomos (Aseagro). Participarão representantes da Prefeitura e da Câmara de Vereadores de Santana do Livramento, além do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) e Corpo de Bombeiros Militar do Estado.

O objetivo é avaliar a possibilidade de se adaptar para a região um sistema de alerta com aeronaves, pilotos e pessoal de apoio em terra, para dar suporte a bombeiros e brigadistas em situações de emergência. Parecido com o que ocorre há pelo menos quatro anos em Goiás – onde empresas aeroagrícolas mantém brigadas com apoio de produtores rurais, ou em São Paulo (onde a parceria envolve produtores e Estado) e ainda nas reservas federais (onde desde os anos 2000 o ICMBio contrata aeronaves e pilotos).

O encontro foi motivado pelo alto índice de grandes incêndios em vegetação registrados desde o início do ano na área entre São Borja, Itaqui, Uruguaiana, Alegrete e Santana do Livramento. A intenção de produtores, autoridades e operadores aeroagrícolas, junto com os bombeiros, é alinhavar um plano que não só possa ajudar na atual temporada de seca, mas que venha a ser consolidado para os próximos anos.

 

TIMMING

Segundo levantamento do Sindag, só nos últimos 20 dias, pelo menos seis aviões agrícolas despejaram mais de 100 mil litros de água, em 90 lançamentos contra as chamas em áreas de campo em fazendas (protegendo animais, instalações e residências) e na Reserva Ecológica São Donato, entre Itaqui e o Município Maçambara.

 

 

Porém, nesses casos, os pedidos de ajuda chegaram com as chamas já em situação crítica. Para a entidade, a elaboração de um plano de ação e de canais rápidos de comunicação possibilitaria não só o treinamento para as operações futuras, como (de imediato), poderia evitar que chamadas tardias demandem mais recursos e pessoal para enfrentar as chamas. Ou seja, redução de risco para pessoas e meio ambiente, além de animais e instalações das fazendas.

 

TEMPORADA

A seca no Rio Grande do Sul ocorre fora da temporada das chamas no restante do País, que normalmente vai de julho a setembro (embora este ano tenha entrado outubro). Nesse período, em 2021, cerca de 30 aviões agrícolas voaram mais de 4 mil horas e despejaram quase 20 milhões de litros de água contra as chamas em incêndios em áreas de lavouras do Sudeste e Centro-Oeste, além de áreas de preservação como Pantanal no Mato Grosso do Sul, Chapada dos Veadeiros, em Goiás; Serra da Canastra, em Minas Gerais; Chapada Diamantina, na Bahia e várias outras.

O levantamento foi do Sindag com base em relatos dos operadores aeroagrícolas e nos portais de Transparência de órgãos ambientais dos Estados e da União.

(Sindag)

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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