Relatório sobre a Estrada do Colono é enviado ao governo
#souagro | Enquanto não há uma decisão definitiva em torno dos dois projetos em trâmite no Congresso envolvendo a Estrada do Colono, a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, encaminhou para a Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho, um relatório sobre detalhes em torno do assunto. Na época, o parecer foi feito pelo deputado estadual Douglas Fabrício, da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da ALEP. “Eu sou favorável à reabertura dessa importante via responsável por ligar duas regiões estratégicas para o Paraná, o Oeste e o Sudoeste, mas a decisão não cabe a mim e sim ao Congresso”, disse o deputado, em entrevista concedida ao Portal Sou Agro.
O pedido de consultora partiu da Seju, ligada ao Governo do Paraná. A solicitação foi endereçada à Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, visando formar compreensão para resposta a pedido realizado em nome da população campesina do Sudoeste e Oeste do Paraná, com vasta documentação, via manifestação de vários líderes das regiões envolvidas.
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A Estrado do Colono é um caminho histórico, com 17,6 quilômetros de extensão ligando os municípios de Serranópolis do Iguaçu (Oeste) a Capanema (Sudoeste). Foi oficialmente criado em 1954, 15 anos após a instituição do Parque Nacional do Iguaçu. Desde o ano de 1986, é alvo e discussões e sucessivas interdições, por decisões judiciais que apontam danos ambientais à reserva, sendo definitivamente fechada em 2001.
Os dois projetos em trâmite no Congresso Nacional visam a criação da Estrada-Parque Caminho do Colono. O PL 984/2019 teve seu regime de urgência aprovado na Câmara em junho de 2021 e aguarda deliberação em plenário. Já o PL 7123/2010 já foi aprovado na Câmara e aguarda análise da Comissão de Meio Ambiente do Senado.
O projeto mais antigo é mais detalhado e aborda vários aspectos, tais como o controle de acesso de veículos e pessoas, controle do horário do acesso, regras referentes ao material usando na pavimentação, controle de velocidade, facilitadores de passagens para animais e restrição quanto ao tipo e tamanho dos veículos com permissão para circulação.
De 1925 a 1954, o Caminho do Colono foi considerado um acesso informal, utilizado por caboclos para a extração e transporte de erva mate. Chegou a ser rota de passagem da Coluna Prestes, em 1925. De 1954 a 1986, passou à condição de estrada estadual. As decisões responsáveis em fundamentar o fechamento da Estrada do Colono surgiram com a implantação do Plano de Manejo do Parque Nacional do Iguaçu em 1981.
(Vandré Dubiela/Sou Agro, com ALEP)