Produtor de milho deve ficar atento ao Zoneamento de Risco Climático
#souagro| O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), ano-safra 2022/2023, para o cultivo, de primeira safra, do milho e do consórcio do milho com braquiária já está liberado.
O cultivo consorciado de plantas produtoras de grãos com forrageiras tropicais tem aumentado muito nos últimos anos. O consórcio do milho com a braquiária é possível graças ao diferencial de tempo e espaço no acúmulo de biomassa entre as espécies.
A associação entre o sistema plantio direto e o consórcio entre culturas anuais e pastagens é uma das opções que apresenta maiores benefícios, como maior reciclagem de nutrientes, acúmulo de palha na superfície, melhoria da parte física do solo, pela ação conjunta dos sistemas radiculares e pela incorporação e acúmulo de matéria orgânica, além de ser mais sustentável em relação ao cultivo convencional.
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A Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou no Diário Oficial da União, as portarias de números 171 a 206 que aprovam o Zarc. Os Estados do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins, que não tinham estudos de risco climático para o consórcio milho com braquiária, passaram a contar com Portarias de Zarc para esse importante sistema de cultivo.
Por que seguir o Zarc?
Os agricultores que seguem as recomendações do Zarc estão menos sujeitos aos riscos climáticos e poderão ser beneficiados pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e pelo Programa de Subvenção ao prêmio do Seguro Rural (PSR). Muitos agentes financeiros só permitem o acesso ao crédito rural para cultivos em áreas zoneadas e para o plantio de cultivares indicadas nas portarias de zoneamento.
Os estudos do Zarc envolvem clima, solo e grupos de cultivares, a partir de metodologias técnico-científicas desenvolvidas pela Embrapa e adotadas pelo Mapa como instrumento de política agrícola. Ao ser adotado pelo Proagro a partir de 1996, as áreas com Zarc apresentaram índices de perda quatro vezes menor que as que não seguiam as indicações do estudo, de acordo com o Relatório Circunstanciado do Proagro 1991 a 1998, publicado pelo Banco Central.
Nos últimos três anos, o Zarc foi aprimorado com novos estudos, novas metodologias e reuniões de validação com o setor produtivo para melhorar a transparência da metodologia das pesquisas.
Aplicativo Plantio Certo
Produtores rurais e outros agentes do agronegócio podem acessar por meio de tablets e smartphones, de forma mais prática, as informações oficiais do Zarc, facilitando a orientação quanto aos programas de política agrícola do governo federal. O aplicativo móvel Zarc Plantio Certo, desenvolvido pela Embrapa Agricultura Digital (Campinas/SP), está disponível nas lojas de aplicativos: iOS e Android.
Os resultados do Zarc também podem ser consultados e baixados por meio da plataforma “Painel de Indicação de Riscos”
(Débora Damasceno/Sou Agro com Mapa)
(Foto: reprodução internet)