VÍDEO: interior do Paraná tem um pré-sal caipira, diz ministro
#souagro | Pré-sal caipira: ainda em repercussão à visita do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, nos municípios da região oeste e especificamente em Cascavel, ele falou à equipe de reportagem do Portal Sou Agro sobre o Plano Nacional dos Fertilizantes. Segundo ele, aqui na região nós temos um recurso equivalente ao ouro, que é o biofertilizante. Essa declaração vem tranquilizar os produtores sobre a ameaça de falta de fertilizantes por conta do comprometimento da logística em virtude da pandemia do novo coronavírus, com o agravamento gerado pela guerra no leste europeu, entre Rússia e Ucrânia.
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A Rússia é hoje o principal fertilizante do Brasil, algo em torno de 30%. E o Brasil depende de 85% dos fertilizantes utilizados na agricultura do País que são importados. E diante disso, o País precisa avançar na questão envolvendo uma produção própria de matéria-prima, insumos principais para a fabricação dos fertilizantes.
“O Plano de Fertilizantes visa encontrar novas soluções para a dependência de outros países, e uma delas está aqui, o biofertilizante, os bioinsumos. Temos uma possibilidade gigantesca. Só de biometano, temos um pré-sal caipira. O volume de gás que sai do pré-sal hoje, que é bastante relevante, aqui, no interior do Brasil, só tratando resíduos de aves e suínos, açúcar e álcool e aterros sanitários, nós temos o mesmo volume. Existe um pré-sal caipira que já é realidade pode expandir ainda mais”, disse o ministro, completando que já viu alguns projetos que podem ser multiplicados, gerando o biofertilizante.
Para o presidente do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Orso, o Paraná é autossustentável e possui sustentabilidade muito antes de todos começarem a falar sobre esse assunto. “Na década de 1970, começamos isso com as microbacias. Hoje, com o processo de transformação da proteína vegetal em proteína animal, os dejetos são uma fonte valiosa, é ouro. Uma fonte de fertilizante que pode agregar qualidade física e química do solo, e principalmente, ambientalmente correto”, entende Orso. A torcida agora fica para que os governos estadual e federal incentivem os produtores rurais a expandir a produção de biofertilizantes nas propriedades rurais.
(Vandré Dubiela/Sou Agro)