garra

Trading Garra fala sobre novos mercados e guerra

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela
garra

 

#souagro | Promover conexões relevantes para fornecer alimentos de qualidade para o mundo e encurtar distâncias em prol do desenvolvimento mútuo. É com esse objetivo que há 26 anos nasceu a Garra International, uma empresa de trading e de capilaridade internacional, presente em 12 países. Como pontos fortes, conta com inteligência de mercado, alicerçada por especialistas internos e de feeling aguçado. A proposta é pautada em dar suporte aos clientes e fornecedores em estratégias comerciais.

Um dos objetivos primordiais da trading é quintuplicar o faturamento no segmento de proteína animal nos próximos dez anos, passando de US$ 200 milhões para US$ 1 bilhão, isso se o cenário global for favorável.

Para conhecer um pouco mais desta empresa e sobre os efeitos da guerra no cenário internacional, o Portal Sou Agro conversou com o CEO da companhia, Frederico Kaefer. Ele destacou a recente abertura de mercado de proteína animal por parte do Canadá. “Tanto o Canadá, como os Estados Unidos e a Europa são lugares com regras sanitárias importantes. Isso mostra para o mundo que o Brasil tem feito o dever de casa, cumprindo as mais qualificadas exigências, tanto na questão de sanidade animal como no rigoroso processo de abate”, pontua Frederico Kaefer. “Estamos prontos para atender o mundo”, sintetizou.

O Brasil tem aumentado de maneira considerável a exportação de carne bovina para os Estados Unidos, tornando-se um dos principais mercados consumidores e fazendo parte do top five mundial.  “Países como o Canadá e Estados Unidos não conseguem crescer na velocidade que o mundo precisa e o Brasil consegue preencher isso”.

 

 

Em 2021, o Canadá importou de todos os países 250 mil toneladas de bovinos e 270 mil toneladas de suínos. O Canadá trabalha por regime de cotas, como os EUA. Em bovinos é muito parecido com os americanos. São itens para industrialização, como recortes e dianteiros, e no suíno, itens de maior consumo local para restaurantes e indústrias processadoras também, como costelas, barriga, produtos fatiados e cubados.

Atualmente, o Canadá importa dos Estados Unidos US$ 800 milhões em suínos em um mercado projetado de quase US$ 1 bilhão. “Percebendo que os Estados Unidos não estão conseguindo fazer frente à demanda, o Canadá abre o leque comercial aos outros países, abrindo um bom espaço para o Brasil no segmento de proteína animal, mais especificamente o suíno e o bovino”.

Sobre a guerra travada entre Rússia e Ucrânia, o principal impacto é a elevação do custo da matéria-prima para produção dos animais. “No que tange às exportações brasileiras para a Rússia, é menos preocupante, uma vez que a Rússia se tornou uma grande produtora de animais. Há 15 anos, os russos representavam em média 60% das exportações brasileiras das três proteínas (aves, suínos e bovinos). Hoje, é menos de 10%”, revela o CEO da Garra International.

Por sua vez, a China é o maior comprador de todas as proteínas dos países exportadores, com destaque para o Brasil, Argentina, Uruguai, Estados Unidos, Espanha, Alemanha, entre outros.  “A Garra tem exportação de marca própria para a China”, comenta Frederico Kaefer. “A China é bastante criteriosa, no aspecto sanitário e um nato negociador. Existem particularidades desafiadoras, mas não são grandes dificuldades ou barreiras”.

A Garra é uma empresa com especialidade em proteína animal, conseguindo agregar valor a fornecedores e clientes, ao estabelecer relevantes relacionamentos comerciais. Após a consolidação da fusão entre a brasileira KIT e a neozelandesa Garra ocorreu a ampliação das equipes e presença local em mais de dez países. “Estamos presentes nos principais mercados mundiais, com diversidade e flexibilidade, atendendo clientes das mais diversas opções de proteína animal, de forma a gerar soluções inovadoras para os clientes”.

(Vandré Dubiela/Sou Agro)

 

Foto: Garra International

 

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

Entre em um
dos grupos!

Mais Lidas

Notícias Relacionadas