Paraguai

Paraguai encerra a pior safra de soja da história

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela
Paraguai

 

#souagro | A safra de soja nos países da América do Sul será uma página em branca que precisa ser virada. Somente na América do Sul, as estimativas de perdas de grãos de soja são de 40 milhões de toneladas, de acordo com números extraoficiais. Ledo engano quem pensa que somente o Brasil tem sentido a sucessão de adventos negativos, ora provocados pela pandemia do novo coronavírus e intempéries climáticas e ora pelos efeitos gerados pelo conflito no leste europeu entre Rússia e Ucrânia.

O Paraguai, país em que o Brasil faz fronteira, está prestes a encerrar a pior safra de soja de sua história. A colheita está terminando com um volume prospectado 70% inferior à estimativa inicial, deixando muitos produtores endividados. A 2ª safra de milho também sofreu impactos.

Entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022, a estiagem castigou as lavouras de soja paraguaias. As informações são da APS (Associação dos Produtores de Soja, Oleaginosas e Cereais do Paraguai). A expectativa preliminar, conforme o vice-presidente da APS, Karsten Friedrichsen, era a de colher 10 milhões de toneladas. Entretanto, com a colheita praticamente no fim, o montante não ultrapassará as três milhões de toneladas. E pasmem, a produtividade média foi de 16 sacas por hectares e picos de 26 sacas por hectare.

No início de janeiro de 2021, o plantio da safra de milho também sofreu com a seca. Chuvas mesmo, somente em outubro do ano passado e agora em março. Em contrapartida, a área cultivada foi recorde, com 1 milhão de hectares cultivados.

 

 

A safrinha de soja também teve redução de área plantada, entre 300 e 400 mil hectares no Paraguai. A esperança é a de produzir sementes para a temporada seguinte, afim de cumprir contratos que ficaram para trás. Conforme a APS, negócios haviam sido fechados de forma antecipada com a tonelada da soja cotada a US$ 420. Porém, devido à estiagem, não teve coo ser cumprido os contratos, com os produtores endividados em bancos e empresas de insumos.

(Vandré Dubiela/Sou Agro, com APS)

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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