frutas

Frutas devem ficar ainda mais caras

Débora Damasceno
Débora Damasceno
frutas

#souagro| Se você foi comprar frutas nos últimos tempos deve ter percebido muitos reajustes em produtos utilizados todos os dias pelos brasileiros. Essa alta de preço tem vários motivos que vem se agravando ao longo dos meses e refletindo diretamente nos valores que chegam ao consumidor.

A alta no custo de produção atrelada a pandemia, condições climáticas, alta no preço dos combustíveis entre outros fatores, são os principais causadores desses preços. Antônio Leonardecz é diretor técnico da CEASA Paraná e explica que ao longo dos meses o mercado tem passado por muitas oscilações.

ASSISTA A ENTREVISTA: 

 

 

“A fruticultura é uma atividade de suma importância econômica e social para o estado do Paraná, mas em 2021 e 2022 a maioria dos consumidores se assustaram com a grande elevação dos preços das frutas, como por exemplo, a maçã nacional com 32% de elevação; a manga 19%; banana 9,7%; laranja de mesa 21%; mamão e o Havaí 16,5%. Poucas frutas baixaram os preços, como por exemplo: mamão formosa, baixou 12%, mas no período anterior já havia sido aquecido no preço 48% devido a dificuldades de produção no estado da Bahia e no estado do Espírito Santo”, detalha Antônio.

Para os próximos meses a expectativa é que pouca coisa mude em relação aos preços das frutas: “Nos próximos meses os preços não terão grandes alterações, porque ainda vivemos os resquícios da pandemia e devido aos problemas climáticos, alguns períodos estamos com excesso de chuva e no outro estamos com grandes períodos de seca e esses dois itens climáticos estão alterando muito a questão da produção e da produtividade da maioria das frutas. Ainda temos alguns outros efeitos que chamamos o efeito cíclico que é todo o processo de produção das frutas relacionado a todas as políticas econômicas e também o efeito sazonal que é a diferença do período da safra e da entressafra. Entre estes podemos citar: o grande aumento do preço dos combustíveis, grande aumento dos insumos agrícolas para a produção e a variação do dólar. Além disso, ainda estamos recebendo a influência da guerra da Rússia e da Ucrânia, pois a Rússia é o grande fornecedor de adubo para o Brasil. Fornece em torno de 22% de toda adubação que nós precisamos para a produção agrícola no Brasil principalmente os produtos nitrogenados”, finaliza Antônio.

(Débora Damasceno/ Sou Agro)

 

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

Entre em um
dos grupos!

Mais Lidas

Notícias Relacionadas