Cultivo da aveia é tema de debate no Paraná
Mais de 80 pesquisadores e interessados no cultivo de aveia participam a partir de hoje (29) da 41ª reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Aveia (CBPA). O evento acontece na sede de pesquisas Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná — Iapar-Emater (IDR-Paraná), em Londrina, e prossegue até quinta-feira (31).
Avaliação de resultados e o planejamento do próximo ciclo de trabalho na rede cooperativa de ensaios da CBPA são os principais objetivos da reunião, esclarece o engenheiro-agrônomo Klever Márcio Antunes Arruda, pesquisador do IDR-Paraná, que coordena a organização do encontro. “Há a expectativa de recomendação de novas cultivares este ano”, adianta.
A rede cooperativa de ensaios avalia materiais destinados à produção de forragem e para cobertura do solo, além de linhagens e cultivares de aveia branca, destinadas à alimentação humana. O programa do encontro abrange, ainda, palestras, sessões plenárias, apresentação de trabalhos e discussões técnicas sobre ecofisiologia, melhoramento genético e biotecnologia, práticas culturais, fitossanidade e, também, qualidade industrial e sementes.
- Tecnologia pode diminuir perdas causadas pela crise climática
- Alta da inflação é prevista pela 11ª vez este ano
Na palestra inaugural, às 10h30 desta terça (29), o diretor de pesquisa e desenvolvimento da SL Alimentos, Thomaz Setti, apresenta a visão da empresa sobre produção e mercado.
No período da tarde, a partir das 13h30, será realizado o painel “Utilização da aveia na alimentação humana”, com três palestrantes: a bióloga Alicia de Francisco de Casas, professora e pesquisadora na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), discorre sobre os aspectos nutricionais do grão; Mariana Costa, pesquisadora em química e tecnologia de cereais e amidos, aborda o melhoramento genético e seus reflexos na qualidade do alimento; e, por fim, a engenheira agrônoma Luana Held Salinet, da SL Alimentos, examina a importância de incluir a aveia em propostas de agricultura regenerativa.
A manhã da quarta-feira (30) foi reservada para duas palestras. A primeira, às 8h10, trata dos avanços e perspectivas das pesquisas sobre ferrugem, uma das mais importantes doenças em lavouras de aveia, a cargo do professor Robert Park, da Universidade de Sydney, Austrália, pesquisador com vasta experiência no tema. Será proferida em inglês, sem tradução simultânea.
- Futuro do agronegócio depende de sustentabilidade e inovação
- Doenças de sanidade avícola poderão ser diagnosticadas no PR
A partir da 9h10 o pesquisador Alfredo do Nascimento Junior, da Embrapa Trigo, traça um panorama do trabalho de melhoramento genético de aveias forrageiras.
“A versatilidade da cultura da aveia: oportunidades para fugir do convencional” é o tema do painel da tarde, com início às 13h30. O cereal como opção de outono, manejo de nematoides e, ainda, desafios e oportunidades do mercado de orgânicos compõem a temática, assuntos tratados respectivamente pelos pesquisadores Juliano Luiz de Almeida, da Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (Fapa), Andressa Cristina Zamboni Machado, do IDR-Paraná, e Evandro Adria Pietricoski, ligado à empresa Biorgânica Produtos Orgânicos.
Mais informações estão AQUI.
(Fonte e foto: AEN)