Cooperativas do oeste debatem cenário atual
Cenário atual: com a participação de 31 presidentes de cooperativas de sete ramos do Oeste do Estado, foi realizada na modalidade virtual, a primeira de quatro reuniões dos encontros de Núcleos Cooperativos e Pré-assembleias do Sistema Ocepar.
O evento que, no total, registrou a presença de 42 participantes, teve como anfitriã a Copagril, de Marechal Cândido Rondon, cujo presidente Ricardo Chapla apresentou o histórico, as ações e os números atuais da cooperativa, que, aos 52 anos de fundação, tem 5.441 cooperados, 1,4 mil funcionários e faturou R$ 2,42 bilhões em 2021.
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Ao recepcionar os participantes, o coordenador do Núcleo Oeste, Valter Pitol, que é presidente da Copacol e da Central Unitá e também diretor da Ocepar, enfatizou a importância da reunião atual devido à agenda composta por assuntos importantes para o setor que, segundo ele, contribuem para estabelecer debates em busca de soluções para eventuais problemas, com o intuito de fortalecer o cooperativismo.
O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, disse que os eventos desta semana contam com uma programação especial, que requer a participação das lideranças para analisar questões ligadas às cooperativas em decorrência do momento atual, tanto em nível nacional como externo. Entre os motivos das apreensões, ele citou a inflação, que deve ser situar acima dos 10%, a taxa básica de juros (Selic), que deve fechar o ano em 12,5%, as incertezas que cercam o ano eleitoral e, agora, a conflito entre a Rússia e Ucrânia, que pode comprometer o abastecimento mundial de fertilizantes, que resultaram no aumento de custos do setor produtivo e, consequentemente, penalizar a sociedade, como um todo. “Isso pode até inviabilizar algumas de nossas atividades”, acentuou.
Em sua explanação, Ricken acrescentou que “estamos diante de uma equação complicada, talvez um dos momentos mais delicados que já vivenciamos, que nos colocam em alerta. Daí a importância de procurarmos analisar e entender bem a situação e, assim, estabelecer um planejamento estratégico para a manutenção e avanço de nossas organizações”, pontuou. Daí a programação especial dos eventos visando aprofundar entendimentos sobre as questões e adotar ações para enfrentá-las e atenuar seus reflexos socioeconômicos.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, após fazer uma análise do momento vivido no mundo, com reflexos na agropecuária brasileira e, consequentemente, no sistema cooperativista, disse que se vive um momento de tumulto na atualidade, que compromete o ritmo de crescimento não só do Brasil, mas do mundo todo. “O que nos traz um pouco de conforto é a capacidade impressionante de resiliência do movimento cooperativista, que, com extrema competência, consegue superar as diversidades. Prova disso, são os números do ano passado obtidos na superação de desafios e que mostram que o atual sistema cooperativo brasileiro é exemplo de desenvolvimento, de transformação e seriedade”. E o foco para se manter no rumo da expansão e consolidação do sistema, em sua avaliação, deve estar no planejamento, na inovação e na intercooperação. “No Paraná, houve um planejamento muito bom visando à meta dos R$ 200 bilhões e vejo o empenho muito grande das cooperativas para alcançar esse objetivo, mesmo em um ambiente difícil. E, com certeza, isso será realizado”, acrescentou.
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O Sistema Ocepar encerrou o exercício passado com 216 cooperativas, 2,77 milhões de cooperados, 126,6 mil funcionários, R$ 153,7 bilhões de faturamento, com incremento de 32,84% sobre os R$ 115,7 bilhões de 2020. As sobras foram de R$ 8,4 bilhões e as exportações totalizaram US$ 6,3 bilhões. Os balanços e projeções foram apresentados pelos superintendentes Robson Mafioletti, da Ocepar, Nelson Costa, da Fecoopar, e Leonardo Boesche, do Sescoop/PR.
(Ocepar)