C.Vale começar a pagar quase R$ 130 milhões em sobras
Unidades da C.Vale começaram a pagar, os quase R$ 130 milhões em sobras nos cinco estados de atuação da cooperativa. Para quem teve as lavouras afetadas pela estiagem, os recursos chegam em um momento bastante oportuno. Alguns produtores estão usando os valores para liquidação de débitos.
No momento em que boa parte dos produtores rurais faz os cálculos sobre o tamanho da quebra da safra de soja pela estiagem, a C.Vale vai repassar R$ 129,5 milhões em sobras, juros e devolução de capital a seus associados. O valor é quase 40% maior que o distribuído no início de 2021. Para quem teve as plantações afetadas pela seca, os recursos vão ajudar na cobertura das despesas da colheita e na implantação das lavouras de milho safrinha.
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O pagamento das sobras foi aprovado em assembleia, com público reduzido devido à pandemia, no dia 28 de janeiro. O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, explicou aos associados presentes na Asfuca de Palotina (PR) que a alta das cotações do dólar deu grande contribuição à rentabilidade dos negócios e também favoreceu o crescimento do faturamento em 2021. A receita total da cooperativa alcançou R$ 17,44 bilhões, uma alta de 42,21% sobre 2020.
O bom desempenho da C.Vale também foi puxado pela elevação de 15,67% no recebimento de soja em 2021, que acabou compensando a redução do volume de milho causada por estiagem e geadas no ano passado. No total, a cooperativa recebeu 4,7 milhões de toneladas de produtos, o equivalente a 78,5 milhões de sacas de 60 quilos.
As indústrias responderam por quase 25% do faturamento total da C.Vale, com receitas de R$ 4,29 bilhões. No segmento frango, a cooperativa exportou 66,76% das 378 mil toneladas de carne produzidas em 2021.
Lang disse que “os bons resultados dão segurança aos cooperados para negociar com uma empresa sólida e garantem à cooperativa a sustentação de que ela precisa para novos investimentos”. Ele lembrou que, no ano passado, a C.Vale incorporou a Cooatol, de Toledo (PR), e deu início às obras da indústria esmagadora de soja, um investimento superior a R$ 650 milhões que deverá entrar em operação até o final de 2023.
Para Lang, o ano de 2022 exigirá grandes doses de cautela e planejamento tanto para a cooperativa quanto para os produtores devido ao alto custo dos insumos e às quebras de safra.
(FONTE: Assessoria C. Vale)