Agroleite, realizado pela Cooperativa Castrolanda, em Castro, nos Campos Gerais. Considerado um dos maiores eventos da cadeia do leite na América, a Agroleite tem foco na tecnologia, produtividade e melhores resultados para os produtores. Castro, 15/08/2019 - Foto: Geraldo Bubniak/AEN

Preço da carne ovina não acompanha alta de outras espécies

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti
Agroleite, realizado pela Cooperativa Castrolanda, em Castro, nos Campos Gerais. Considerado um dos maiores eventos da cadeia do leite na América, a Agroleite tem foco na tecnologia, produtividade e melhores resultados para os produtores. Castro, 15/08/2019 - Foto: Geraldo Bubniak/AEN

 

Os preços de carne ovina no mercado varejista paranaense não acompanharam a tendência de alta de outras espécies, e alguns cortes tiveram até redução no primeiro semestre deste ano. Essa análise é um dos assuntos do Boletim de Conjuntura Agropecuária da semana de 9 a 15 de julho. O documento é preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná.

As carnes bovinas apresentaram acréscimo no preço praticado no mercado varejista paranaense durante o primeiro semestre. Levantamento feito pelo Deral mostra que, entre janeiro e junho, o peito registrou o maior percentual, com alta de 21,6%, seguido da paleta, com 16,2%. Entre os menores reajustes estão a alcatra, que aumentou 7,6%, e o acém, com 8,6%.

Para os cortes ovinos essa tendência foi inversa. No mesmo período avaliado, a costela teve redução de 2,2% no preço, o pernil apresentou queda de 0,9% e a paleta, aumento de apenas 0,1%. As reduções foram registradas ainda que os custos de produção tenham apresentado acréscimo. Um exemplo é o preço da saca de milho de 60 quilos, que teve elevação em 8,7%.

As cotações dos animais vivos para reprodução também não acompanharam a tendência de outras espécies. Dados do Deral mostram que, em maio de 2020, uma matriz ovina de corte era comercializada a R$ 600,00. Um ano depois, o aumento foi de 8,3%, passando a R$ 650,00. No mesmo período comparativo, uma novilha de corte para reprodução valorizou-se em 71%, passando, em média, de R$ 2.026,30 para R$ 3.464,58.

Algumas razões podem explicar a defasagem de cotações entre os preços ovinos e de outros animais. Uma delas é o comércio informal, com as compras realizadas diretamente nas propriedades. Também contribui para isso a importação de grandes volumes, especialmente do Uruguai, o que ocasiona concorrência desleal com o produto interno e de qualidade superior.

Mas, de acordo com a análise do Deral, também há pouca organização entre os elos da cadeia de produção ovina nacional, acompanhada da falta de valorização do animal para o produtor. Ainda pode ser colocado como um entrave para melhoria dos preços o emprego reduzido de tecnologias de produção e gestão nas propriedades.

 

Fonte: AEN

 

Foto: Geraldo Bubniak/AEN

(Sirlei Benetti/Sou Agro)

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