Lideranças rurais e políticas avaliam situação de estradas vicinais

As estradas vicinais, vias secundárias normalmente sem cobertura asfáltica localizadas no interior dos municípios, são fundamentais para o escoamento da produção agropecuária. Por causa disso, um grupo de 50 pessoas, entre produtores rurais, lideranças políticas e especialistas em logística, esteve reunido no Sindicato Rural de Guarapuava, no dia 27 de março, para tratar da situação das vias.
A iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com apoio do Sistema FAEP, está mapeando e fazendo o diagnóstico destas estradas em oito microrregiões do país, inclusive Guarapuava, na região Centro-Sul no Paraná. O trabalho é realizado em parceria com o Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (Esalq-Log) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), que desenvolveu uma metodologia para avaliação das estradas vicinais capaz de categorizar a qualidade das vias analisadas. Essa análise leva em consideração a qualidade das estradas e o fluxo de veículos.
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“Os governos federal e estadual liberam recursos para a logística, mas nem sempre sabem os locais com maior necessidade. Por meio desse diagnóstico, o Sistema FAEP e a CNA vão ajudar na identificação das situações que merecem mais atenção. Esse levantamento é um direcionador”, ressalta o presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette.
O debate envolveu os usuários das estradas vicinais, entre produtores rurais e representantes do setor de transportes. Posteriormente, o grupo realizou uma visita in loco as estradas vicinais da região de Guarapuava para observar as condições de trafegabilidade.
“A ideia com esse levantamento é subsidiar a CNA, que deve compilar esses dados e levar aos órgãos competentes em Brasília para a busca de soluções para essas estradas”, afirma o presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Botelho. “A classe política precisa entender a importância das estradas vicinais, que servem para transportar a produção agropecuária, mas também para que a família do campo possa ter acesso a saúde e educação, permitindo qualidade de vida”, completa o dirigente.
(Com FAEP)