Seca e calor derrubam produtividade na lavoura e nos aviários do Oeste

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

A seca e o calor forma a dupla que ameaça o campo. A colheita da safra de soja 2024/25 no Paraná está se aproximando da fase final, com 72% da área total de 5,77 milhões de hectares já colhida, o que equivale a 4,14 milhões de hectares, segundo o relatório do Departamento de Economia Rural (Deral). 

A maior parte das áreas restantes está em fase de maturação (76%), enquanto 24% estão em frutificação. Na região sul do estado, as condições climáticas têm sido favoráveis, resultando em uma expectativa de safra cheia, com as colheitadeiras trabalhando intensamente. No entanto, outras regiões do estado enfrentaram desafios climáticos que diminuíram o potencial produtivo, levando a uma colheita abaixo do esperado.

Apesar da seca, mercado segue em alta e com demanda aquecida

Em Palotina, no Oeste do Estado, segundo informações do Sindicato Rural, o calor vem prejudicando fortemente o milho safrinha, com áreas que registram perdas de até 70%. Em alguns setores do município a seca foi extrema. A entidade aponta também transtornos na produção de tilápias e frangos. “Houve mortalidade de peixes e nos aviários foi dificil de manter a temperatura ideal para evitar o estresse dos animais. Algumas aves morreram mas a consequência mais comum foi a redução no ganho de peso. Em algumas propriedades os poços ficaram com nível d’água muito baixo e foi preciso abastecimento externo”, diz Edmílson Zabott, presidente do Sindicato.  

Seca deste ano é a maior da história e afeta 59% do território nacional

Desde a safra 2021 o Paraná sofre com a irregularidades das chuvas.

Na região norte do Paraná, a falta de chuva resulta em perdas. Cooperativas já confirma perdas, mas quantificação exata só ocorra após a finalização da colheita.

Em Marialva, a colheita está em andamento. As áreas plantadas mais cedo, entre 23 de setembro e 23 de outubro de 2024, estão apresentando quebras na produção devido à seca. Produtores relatam que a produção nessas áreas afetadas ficou em média entre 100 e 112 sacas por alqueire.

Um dos reflexos sentidos é na qualidade dos grãos que afetada pela falta de chuva no momento certo.

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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