Mamona: A alternativa sustentável para a entressafra e o futuro dos biocombustíveis

Fernanda Toigo

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Imagem: Orígeo

A mamona tem se consolidado como uma alternativa estratégica para a entressafra no Brasil, oferecendo benefícios econômicos e agronômicos tanto para os produtores quanto para o meio ambiente. Igor Ferrari Borges, responsável pela área de sustentabilidade da ORÍGEO, compartilhou sua visão sobre o papel crescente dessa cultura no setor agropecuário e seus impactos positivos na regeneração do solo e na produção de biocombustíveis.

Mamona na Entressafra: Diversificação e Benefícios Agronômicos

A mamona é vista como uma cultura alternativa que não só diversifica a produção, mas também oferece uma série de vantagens regenerativas para o solo. Ao contrário da mamona mais rústica do passado, a atual versão da planta é mais tecnificada, com um manejo mais eficiente e produtividades superiores. A adaptação das técnicas de cultivo tem permitido ao produtor uma maior rentabilidade, com uma colheita considerável durante a entre-safra, período tradicionalmente mais desafiador para o agronegócio.

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Além disso, a mamona tem um impacto positivo no controle de pragas e doenças, como os nematóides, que são comuns em muitas culturas. A utilização da mamona em rotação de culturas pode reduzir a infestação desses parasitas, o que beneficia diretamente a soja e outras culturas subsequentes. Esses benefícios agronômicos são essenciais para garantir a sustentabilidade e a saúde do solo, características de um sistema de cultivo regenerativo, cada vez mais adotado no Brasil.

Mamona e o Potencial do Mercado de Biocombustíveis

Outro ponto importante destacado por Igor Ferrari é o potencial da mamona como fonte para a produção de biocombustíveis. O óleo extraído das sementes de mamona tem se mostrado superior a outras fontes de óleo vegetal, como a soja, quando se trata de rendimento e qualidade para o setor energético. Diante das crescentes demandas por alternativas sustentáveis aos combustíveis fósseis, a mamona se posiciona como uma matéria-prima estratégica para o mercado de biocombustíveis, especialmente no contexto das políticas ambientais e de energia renovável.

A ORÍGEO e outras empresas do setor, como a Bung, estão apostando nesse mercado em expansão, que já começa a estruturar cadeias de suprimentos voltadas para o biocombustível. A mamona, com suas qualidades agronômicas e energéticas, se apresenta como uma opção complementar para um sistema robusto e regenerativo de cultivo.

A Mamona como Pilar da Sustentabilidade no Agronegócio

Com a crescente necessidade de práticas agrícolas mais sustentáveis e a busca por alternativas energéticas limpas, a mamona se destaca como uma cultura promissora, não apenas para a entre-safra, mas também como um recurso valioso para o futuro dos biocombustíveis. Sua capacidade de regenerar o solo, controlar pragas e gerar óleo de alta qualidade posiciona a mamona como uma chave para a transformação do agronegócio brasileiro, rumo a um modelo mais sustentável e eficiente.

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(Da Redação)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos, como o Jornal A Cidade e o Jornal do Oeste. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. De 2010 a 2020, foi repórter da Catve, afiliada da TV Cultura em Cascavel-PR. Desde 2021, é jornalista da Tarobá, em Cascavel, onde atualmente exerce as funções de coordenadora de reportagem e apresentadora. Em 2023, integrou a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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