Indústria e pesquisa saem na frente e governo precisa correr para acompanhar o ritmo

A pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos são destaques no plano de crescimento da BRQ Brasilquímica

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Foto: Gustavo Meca/Agência Texto
Os bioinsumos vieram para ficar e a iniciativa privada olha para o futuro. Nos parques industriais ele chega antes, principalmente quando o que se produz tem relação com a pesquisa. É inovação pura com busca por soluções cada vez mais sustentáveis.
Este, por exemplo, é o caso da BRQ Brasilquímica, empresa brasileira sediada em Batatais (SP), especializada na produção de insumos para a nutrição de plantas.

A pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos são destaques no plano de crescimento. Em 2024, a BRQ lançou no mercado sete novas formulações de sua linha de fertilizantes especiais. “O plano de investimentos inclui aumento da presença no segmento de fertilizantes especiais e de bioestimulantes. Também ampliamos nossa capacidade de fabricação, aumento na armazenagem e expedição”, observa CEO da companhia, Renan Cardoso.

bioinsumos
Foto: Fernanda Toigo

 

O investimento em bioinsumos aconteceu de olho no futuro. A pesquisa avançou, as empresas não pouparam esforços, mas a tão sonhada regulamentação dos biológicos só se tornou realidade depois que os produtos já decolavam no mercado.
Os bioinsumos foram regulamentados no fim de 2024. O passo, embora tardio, foi comemorado.“Estamos satisfeitos com o pouco que já andou. Tem muita coisa pela frente, estamos em uma escala de crescimento muito forte. A regulamentação no Brasil para a produção de bioinsumos chegou e vai precisar de transformações constantes. Um passo significativo aconteceu, ponto positivo para empresas que querem oferecer soluções para o agronegócio brasileiro que possa ter segurança para trabalhar”, diz  o presidente do Conselho de Administração da BRQ, Marcelo Fernandes.
Os insumos biológicos são o futuro do agronegócio. A indústria, por sua vez, vem trabalhando pra recuperar esse tempo perdido, impulsionada pela mudança de paradigma. As empresas inovaram na estratégia e decidiram falar a linguagem do produtor, o que fez toda a diferença. “A maneira de abordar o conceito dos bioinsumos traduziu a informação aos produtores, tratada com clareza, mostrando realmente a funcionalidade , ‘matando a cobra e mostrando o pau’. Entregando os produtos a eles, fazendo os testes no campo e mostrando que é possível produzir mais e de maneira mais sustentável, utilizando esses produtos”, confirma Renan.

EXPANSÃO

O produtor vem absorvendo as vantagens dos biológicos. E a BRQ aposta na expansão da capilaridade das vendas e na adição de produtos ao portfólio, enquanto continua a investir em seus produtos biológicos e bioestimulantes. A fórmula tem refletido resultados pujantes “Nosso faturamento saltou de R$ 159 milhões, registrado em 2023, para R$ 232 milhões em 2024. É motivo de orgulho, pois em um cenário tão desafiador, seguimos o planejamento estratégico definido há dois anos, com perspectiva para os próximos cinco anos, que incluiu a organização interna – em infraestrutura e posicionamento no mercado – exatamente para enfrentar eventuais adversidades e crescer. Também contamos com o reconhecimento que temos pela qualidade dos nossos produtos, algo que valorizamos muito nestes 30 anos de história. Igualmente importante é o sólido relacionamento construído com os fornecedores nacionais e, especialmente, com os internacionais”, afirma o presidente do Conselho de Administração da BRQ, Marcelo Fernandes.

(Fernanda Toigo/Sou Agro)

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