Enchente e deslizamentos após tempestade de verão

Fernanda Toigo

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Foto: Metsul/Redes Sociais

A noite desta quarta-feira reviveu em cidades do Vale do Caí as memórias das enchentes de 2023 e 2024 depois que um temporal de verão no final da tarde e no começo desta noite trouxe volumes extremamente altos de chuva em curto período, fazendo com que arroios e córregos transbordassem.

Não é uma enchente em todo o vale, mas inundações repentinas que afetam alguns municípios da região. Dados de estações hidrológicas indicam o Rio Caí com nível normal nesta noite em todos os pontos de medição, da Serra ao vale.

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Assim, embora as cenas recorde o que se testemunhou nos últimos dois anos, não é uma situação que se compare a 2023 e 2024 de chuva excessiva generalizada com cheia do Rio Caí em toda a sua extensão.

Estações meteorológicas registraram até às 21h desta quarta acumulados de 130 mm em Bom Princípio, 122 mm em Alto Feliz e 94 mm em Teutônia. Seguia chovendo em diversos pontos do vale.

As intensas precipitações causaram alagamentos e enxurradas em Salvador do Sul, São Pedro da Serra, São José do Sul, Montenegro, São Sebastião do Caí, Bom Princípio, Harmonia e Maratá, dentre outros municípios do Vale do Caí.

Maratá e São José do Sul são dois dos municípios mais castigados pela chuva extrema do fim da tarde e do começo da noite com enchente e deslizamentos de terra.

As águas invadiram o centro da cidade de Maratá no início da noite, mas por volta das 22h a inundação repentina começava a recuar.

Houve deslizamento de terra na BR-470. Uma massa de ar quente e úmido de origem tropical cobre o Rio Grande do Sul e traz o risco de episódios localizados de chuva excessiva a extrema com altíssimos acumulados em curto período com inundações repentinas, risco que a MetSul Meteorologia alertava.

Inundações repentinas (flash floods) ocorrem quando chuvas extremas, muitas vezes associadas a temporais de verão, provocam um rápido acúmulo de água em áreas urbanas e rurais. Esse fenômeno é especialmente perigoso porque a elevação do nível da água acontece em minutos, pegando as pessoas desprevenidas.

(Com METSUL)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Toigo, Fernanda. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos, como o Jornal A Cidade e o Jornal do Oeste. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. De 2010 a 2020, foi repórter da Catve, afiliada da TV Cultura em Cascavel-PR. Desde 2021, é jornalista da Tarobá, em Cascavel, onde atualmente exerce as funções de coordenadora de reportagem e apresentadora. Em 2023, integrou a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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