Comissão de Hortifrútis debate a certificação da produção e abertura de mercados

Fernanda Toigo

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Imagem: Faep

As oportunidades abertas com a certificação de frutas, legumes e verduras foram o centro do debate da primeira reunião de 2025 da Comissão Técnica (CT) de Hortifruticultura do Sistema FAEP, nesta terça-feira (18). O tema tem ganhado importância no Paraná especialmente a partir de um programa de certificação da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), em parceria com o Sistema FAEP.

A iniciativa começou com um programa-piloto, que resultou na certificação do morango de sete propriedades rurais em cinco municípios da Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A partir desse resultado, no ano passado, a Adapar publicou a Portaria 82/2024, que estabelece os procedimentos para a certificação da produção de produtos de origem vegetal no Paraná. A regulamentação abriu precedentes para a expansão do selo para outras culturas.

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“A certificação traz uma série de desafios aos produtores, que podem acessar mercados diferenciados. Essa é uma iniciativa importante e que temos que considerar dentro dos nossos modelos de produção e cadeias produtivas”, disse o presidente da CT de Hortifruticultura, Marco Antônio Machado.

Durante o encontro, a fiscal da Adapar Sabrina Jacques Farias apresentou o programa, esclarecendo os diferenciais do selo do órgão estadual e seu caráter de orientação (não de punição). “Mais que um selo, trata-se de uma chancela oficial, auditada por uma instituição com credibilidade, experiência em fiscalização de certificação, com atribuição legal para tal e profissionais capacitados para fiscalizar o que está sendo certificado”, apontou Sabrina.

O produtor de morango Claudio Assis Broto, de Almirante Tamandaré, na RMC, compartilhou sua experiência para obtenção do certificado. “Fiz parte do projeto-piloto. Desde o começo sempre contei com ajuda de um engenheiro agrônomo. A certificação veio como uma forma de melhorar ainda mais a minha produção, representando uma garantia para os clientes e para os produtores, pois fornece respaldo para comprovar que produto é de qualidade”, avaliou Broto.

Para participar do programa, o fruticultor precisa indicar um responsável técnico – com formação como engenheiro agrônomo, técnico agrícola ou similar –, que acompanhe a produção na propriedade. Esse profissional precisa fazer um curso de formação, desenvolvido pela Adapar. Paralelamente, o produtor rural também precisa passar por capacitação, concluindo quatro cursos específicos ofertados pelo Sistema FAEP, que proporcionam uma produção ambientalmente sustentável, com monitoramento constante de pragas e doenças.

Cursos do Sistema FAEP

As capacitações em questão são Manejo Integrado de Pragas (MIP) e Manejo Integrado de Doenças (MID) no morango, que orientam o produtor a identificar, a partir de um conjunto de técnicas de monitoramento, insetos e moléstias que podem prejudicar as plantas. Além disso, o fruticultor também precisa passar por um curso de boas práticas e de aplicação de agrotóxicos.

(Com FAEP)

 

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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